Agricultura: Pesquisa quantifica vitaminas do pólen apícola
Resultados do projeto será apresentado à comunidade científica internacional em setembro
Pesquisadoras da área de apicultura do Pólo Regional do Vale do Paraíba e do Instituto de Zootecnia, órgãos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em parceria com profissionais da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, desenvolveram um trabalho de pesquisa que caracteriza e quantifica as vitaminas presentes no pólen das abelhas da espécie Apis mellifera da região de Pindamonhangaba.
Os resultados do projeto, primeiro trabalho brasileiro a quantificar o teor de vitaminas do pólen, será apresentado à comunidade científica internacional em setembro, durante a reunião anual da Internacional Honey Comission (IHC), comissão internacional que estuda os produtos apícolas com ênfase nos métodos analíticos.
Participaram da pesquisa as pesquisadoras Érica Weinstein Teixeira e Maria Luisa Florêncio Alves, do Pólo Regional do Vale do Paraíba, Augusta Carolina C. C. Moreti, do Instituto de Zootecnia e a farmacêutica-bioquímica da USP, Karla Cristina Lima da Silva Oliveira.
Durante os estudos, as profissionais da secretaria paulista implantaram um apiário experimental, realizaram a coleta e o processamento do pólen e fizeram a identificação das espécies botânicas que contribuíram para o reconhecimento da composição do pólen. Segundo as pesquisadoras, esta identificação foi realizada com o laminário de referência existente na unidade de pesquisa e desenvolvimento, resultado de uma pesquisa anterior, desenvolvida em parceria com a Esalq.
De acordo com a FCF, as amostras analisadas na região, além de ricas em vitamina E, podem ser consideradas fonte de betacaroteno e vitamina C, visto que uma porção de 25 gramas fornece 15% da ingestão diária recomendada. “Dependendo da época da coleta, há a predominância de uma das vitaminas. Em abril de 2005 observou-se maior quantidade de betacaroteno, e em outubro do mesmo ano houve a predominância da vitamina C”, explicou a farmacêutica-bioquímica Karla Cristina Lima da Silva Oliveira.
Para medir a perda de vitaminas após a secagem, foram comparados dois processos diferentes de desidratação. Na análise utilizando um desumidificador a 35º C (protótipo desenvolvido por empresa privada), as perdas de vitamina E foram 30,6%; vitamina C, 4%; e betacaroteno, 49,3%. Já em estufa, a 420 C (modelo utilizado tradicionalmente) as perdas foram de 39,4% de vitamina E; e 8,1 e 58,8% nas outras substâncias, respectivamente.
Depois dos bons resultados alcançados, as pesquisadoras acabam de submeter um novo projeto de pesquisa a Fapesp e ao CNPq, agências de fomento que financiaram a primeira pesquisa. Sob o título “Avaliação microbiológica do Pólen Apícola in natura e desidratado sob diferentes temperaturas”, o projeto contará com a participação da pesquisadora Neliane Ferraz de Arruda Silveira, do Instituto de Tecnologia dos Alimentos (ITAL), também da Secretaria e da nova pesquisadora da área de agregação de valor Pólo Regional, Renata Galhardo Borguini.
De acordo com o grupo, o propósito agora, é avançar nos padrões higiênico-sanitários do produto, visando fornecer subsídios aos órgãos competentes, para o possível estabelecimento de padrões microbiológicos para pólen apícola. Além disso, pretende-se apontar ações preventivas, no sentido de reduzir os riscos ao consumidor.
Mais informações (12) 3642-7822, com Érica Weinstein Teixeira, ou Maria Luisa Florêncio Alves, ou pelo email Agricultura: pesquisa quantifica vitaminas do pólen de abelhas
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