Agricultura: Pólen apícola é tema de pesquisa no Vale do Paraíba



Objetivo é avaliar se o manejo adotado pelos apicultores garante a inocuidade do produto

Pesquisadores do Pólo Regional do Vale do Paraíba, do Instituto de Tecnologia dos Alimentos (Ital) e do Instituto de Zootecnia (IZ), órgãos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, desenvolveram um projeto de pesquisa para avaliação microbiológica do pólen apícola in natura e do pólen desidratado sob diferentes temperaturas. O projeto, que foi aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) na modalidade Auxílio à Pesquisa, terá início ainda no primeiro semestre de 2007 e tem por objetivo avaliar se o manejo adotado pelos apicultores garante a inocuidade do produto.

Segundo os pesquisadores este é o segundo projeto do grupo que receberá o financiamento da Fapesp. No primeiro, realizado em parceria com a Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Universidade de São Paulo, desenvolveu-se um trabalho que caracterizou e quantificou as vitaminas presentes no pólen das abelhas da espécie Apis mellifera da região de Pindamonhangaba. De acordo com os resultados apresentados, as amostras analisadas na região podiam ser consideradas fonte de betacaroteno e vitamina C, visto que uma porção de 25 gramas fornece 15% da ingestão diária recomendada, além de serem ricas em vitamina E.

Este novo projeto pretende verificar a qualidade microbiológica do pólen apícola in natura e do pólen submetido a diferentes processos de secagem, que simulam as condições de processamento do produto comercializado. Segundo os pesquisadores, nota-se escassez de pesquisas científicas sobre qualidade microbiológica do pólen apícola e, com a nova pesquisa espera-se obter dados que forneçam subsídios para a solidificação de conceitos sobre segurança do alimento na cadeia produtiva do pólen.

Projetos em andamento

Além destes dois projetos, os profissionais do Pólo Regional do Vale do Paraíba desenvolvem outros estudos sobre o tema, que atendem não apenas a demanda da região, como também produtores de todo o Estado de São Paulo, que buscam informações sobre apicultura.

Um dos projetos estuda a tecnologia dos produtos apícolas, e tem como meta, gerar conhecimentos acerca da composição dos produtos apícolas, além de estudar formas de minimizar a depreciação dos mesmos durante as operações e rotinas de beneficiamento. O estudo surgiu da necessidade de ampliar a pesquisa na área de produtos apícolas, não se limitando apenas à abordagem do produto mel, atendendo também os demais produtos (própolis, pólen, geléia real e cera), tendo em vista que a atividade apícola bem assumindo características empresariais na geração de renda.

Outro trabalho desenvolvido na unidade é um projeto para a produção de abelhas-rainhas, que segundo os pesquisadores, propõe melhorar a produtividade e a rentabilidade dos apiários, e desta forma, assegurar maior disponibilidade de mel, pólen e própolis para a população, além de maior população de abelhas para polinização de culturas, baseando-se na produção de rainhas com características produtivas superiores.

Um terceiro estudo em desenvolvimento na unidade de pesquisa, avalia os sistemas de produção de pólen coletado por abelhas (Apis mellifera), e tem entre os objetivos, caracterizar o pólen apícola produzido em diferentes dias de coleta por colméias de abelhas africanizadas, verificar a granulação do pólen produzido em diferentes dias, além de avaliar a influência na qualidade do produto final.

Mais informações com Maria Luisa T. M. F. Alves ou Renata Galhardo Borguini, pelo telefone (12) 3642-7822 ou pelo email apicultura@aptaregional.

01/18/2007


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