Agricultura: Preços agrícolas com alta de 1,36% em dezembro de 2005
Dos 19 produtos pesquisados, dez apresentaram aumento no preço
O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) subiu 1,36% em dezembro, com 2,02 pontos percentuais a menos que o de novembro de 2005. A tendência de alta se manteve em função de aumento nas cotações dos produtos de origem vegetal e das commodities internacionais, além da desvalorização do real no mês. No ano de 2005, o IPR cresceu 7,39%, maior do que a variação do IGP-M (1,21%) e também do que o IPCA (estimado em 5,80%).
Dos 19 produtos pesquisados, dez apresentaram aumento no preço (algodão, arroz, batata, café, feijão, laranja, milho, soja, trigo e ovos). Entre os vegetais, a alta nos preços de nove produtos, mesmo com a queda em outros três, gerou elevação de 4,04% no índice do grupo. Já no segmento animal, o crescimento nas cotações dos ovos não impediu a variação negativa de 3,47% nos preços do grupo, devido à redução nos preços de aves, boi, leite e suínos. O resultado final foi o aumento de 1,36% no índice geral de preços agrícolas em dezembro de 2005.
Os preços agrícolas no ano de 2005
A variação acumulada do IPR no ano de 2005 foi de 7,39%, enquanto que no caso do IGP-M foi de 1,21% e do IPC-Fipe foi de 4,32% (estimado). Assim, os preços agrícolas, nos últimos 12 meses, apresentam ganho de 6,18 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 2,97 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe.
Analisando o índice mensal anualizado, verifica-se que a partir de março de 2005 entra em queda contínua.
No ano de 2005, cinco produtos apresentaram crescimento positivo no preço, dos quais três com alta superior a 20% (batata, cebola e laranja) e dois com taxa inferior a 20%.
Produtos que se destacaram
No mês de dezembro e no acumulado de 12 meses, a batata apresentou o maior crescimento nos preços recebidos, em função da menor safra das águas, que está em plena colheita.
Por outro lado, os suínos foram um dos destaques de baixa no ano, em função do aumento de oferta e das dificuldades de exportação devido às restrições dos países importadores com a ocorrência dos focos de febre aftosa nos Estados do Mato Grosso do Sul e do Paraná.
No ano de 2005, tem-se também o destaque de alta acumulada para a laranja (39,77%), devido à menor safra em São Paulo e à queda da ordem de 20% na safra da Flórida (Estados Unidos), o que gerou um déficit no mercado internacional por causa dos baixos estoques.
O café, que tinha sido o destaque de alta em 2004, apresentou variação negativa de 7,84% no ano de 2005, mesmo com a menor safra brasileira e mundial, devido principalmente à forte valorização do real, que comeu o preço do produtor.
No mês de dezembro, o preço do boi teve queda de 6,25% e, em 2005, um acumulado de 14,63%, em função do elevado descarte de matrizes que gerou um excesso de oferta e também devido à ocorrência de focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul e no Paraná. Isto provocou um comportamento errático do mercado e restrições às importações de carne bovina por
01/03/2006
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