Agripino cita recorde de arrecadação e pede fim da CPMF



O senador José Agripino (DEM-RN), em discurso no Plenário nesta quinta-feira (22), defendeu mais uma vez o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que a seu ver é "prejudicial ao país". Ele se baseou em dados de matéria publicada nesta quarta, pelo jornal O Globo, indicando um superávit de arrecadação de R$ 36 bilhões até outubro deste ano. Com a CPMF, no mesmo período, foram arrecadados R$ 30 bilhões.

- O governo insiste em cobrar a CPMF e insiste em dizer que ela é fundamental para investimentos, para o Bolsa-Família e para a saúde. Por que ele insiste em dizer isso, se está havendo um excesso de arrecadação que ele não previa? - questionou.

Para o senador, a CPMF é dispensável para o ano que vem, com a previsão de crescimento de 5% do Produto Interno Bruto, o que deve gerar novos recordes de arrecadação. Se a cobrança não existisse, lembrou, o país agregaria novos investimentos e melhoraria no ranking de produtividade das nações, atrairia empresas e fomentaria a geração de novos empregos. Atualmente o país ocupa a 72ª posição no ranking, mas já esteve em 66º e 56º em anos anteriores.

- Se até agora foi registrado um excesso de arrecadação de R$ 36 bilhões, R$ 3,6 bilhões por mês, até o final do ano vão-se agregar mais R$ 7 bilhões. Chegaremos ao final do ano com R$ 43 bilhões de excesso de arrecadação. Imagine a projeção de excesso de arrecadação para 2008? Como a CPMF é dispensável! - afirmou.

Ipea

Agripino defendeu ainda os pesquisadores afastados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) por "discordarem da política de gasto público do governo" e exigiu a realização de audiência pública com o atual presidente do órgão, Márcio Pochmann e do ministro ao qual o Ipea é submetido, Mangabeira Unger (Ministro do Núcleo de Planejamento Estratégico da Presidência). Requerimento nesse sentido foi apresentado pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM).

A oposição acusa Pochmann de afastar quatro pesquisadores - Fabio Giambiagi, Otávio Tourinho, Gervásio Rezende e Regis Bonelli - por serem críticos dos gastos públicos governamentais e por serem ligados "aos tucanos"

- Divergir às idéias é direito, mas combater a divergência com truculência não é aceitável - disse Agripino.



22/11/2007

Agência Senado


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