Agripino pede que Renan se licencie da Presidência do Senado
O líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN) cobrou em Plenário, nesta terça-feira (9), uma vez mais, o afastamento do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da Presidência da Casa. José Agripino relatou aos senadores a insatisfação de empresários e populares de seu estado com a crise no Senado, manifestada em diversas reuniões ocorridas na capital e no interior,
O senador contou que no último final de semana havia presenciado uma manifestação absolutamente inusitada. O cantor de trio elétrico baiano Ricardo Chaves durante um show na cidade de Ceará-Mirim, suspendeu a apresentação, em frente ao palanque onde estava Agripino e pediu que o senador ajudasse a realizar "uma limpeza no Senado".
- O pedido é um só: que V. Exª [senador Renan Calheiros] se licencie, que deixe a Presidência da Casa.O pedido é um só, da Casa toda. Até há 15 dias havia um pedido isolado do PSDB, do PDT, do Democratas, mas hoje os partidos todos se reuniram e combinaram esses apelos, essas solicitações - disse.
Agripino anunciou a decisão tomada por várias lideranças políticas da Casa, de fixar a data de 2 de novembro para que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar encerre a apreciação dos processos contra o senador Renan Calheiros.
Apoio de senadores
Em apartes, vários senadores apoiaram o pronunciamento de Agripino. Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), manifestando sua preocupação com o desgaste que o Senado Federal vem sofrendo perante a opinião pública, aconselhou Renan a se afastar da Presidência para que tenha um julgamento mais sereno. Mário Couto (PSDB-PA), referindo-se às discussões havidas na sessão entre Renan e alguns senadores da oposição, considerou que ele não tem mais condições de dirigir a Casa.
José Nery (PSOL-PA) sugeriu a marcação de reunião do Conselho de
Ética para esta quarta-feira (9), com o objetivo de estabelecer cronograma para a apreciação dos processos contra Renan. Ademir Santana (DEM-DF) pediu urgência na análise dos processos contra Renan. Valter Pereira (PMDB-MS) sugeriu nova reunião com as lideranças para a definição de estratégia para estancar a crise no Senado.
Antes do discurso de Agripino, Arthur Virgílio cobrou do presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), a designação imediata de relator para o terceiro processo movido contra Renan.
09/10/2007
Agência Senado
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