Aldeias da Amazônia definem territórios de acesso à educação



Os territórios etnoeducacionais vão possibilitar construção de escolas nas aldeias, além da formação de professores

 

A população indígena do Amazonas, dividida em 64 povos, distribuídos nos 72 municípios do estado, definiu uma pauta de prioridades para que as aldeias pudessem ter mais acesso à educação. São os chamados territórios etnoeducacionais - locais considerados como instrumento de gestão da educação indígena. Somente o Amazonas possui seis desses territórios. Em todo o País, são 41 em diversas fases de organização e composição.

Entre as revindicações dos povos indígenas, estão a construção de escolas nas aldeias, formação de professores, produção de material didático específico, garantia de merenda e transporte escolar.

Atualmente, 1.473 educadores fazem formação intercultural de nível médio. A formação de professores para as séries iniciais do ensino fundamental indígena é realizada pela Secretaria de Educação do Amazonas. Na educação básica, o estado tem, este ano, 57.727 estudantes distribuídos em 940 escolas.

A licenciatura intercultural, que qualifica educadores para as séries finais do ensino fundamental e médio, é de responsabilidade das instituições federais de educação superior. Os territórios etnoeducacionais do Amazonas são formados por povos do Rio Negro, Baixo Amazonas, Juruá-Purus, Médio Solimões, Alto Solimões e Vale do Javari.

 

Professores

Este ano, o Ministério da Educação vai lançar um edital de apoio à formação superior de professores que atuam em escolas indígenas de educação básica. A chamada faz parte do Programa de Formação Superior e Licenciatura Indígena (Prolind) e é destinado às instituições públicas de educação superior.