Aldo Rebelo: Senado tem poderes e competência para convocação



Depois de encontrar-se na tarde desta quarta-feira (4) com o presidente do Senado, José Sarney, o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, afirmou que o governo não julga se é bom ou ruim para o Executivo o convite aprovado pela Comissão de Fiscalização e Controle (CFC) para que os presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles e do Banco do Brasil, Cassio Casseb compareçam para  dar explicações. Os dois dirigentes de instituições financeiras são acusados de irregularidades, em matérias divulgadas nos últimos dias pela imprensa.

– Não há necessidade do apoio do governo para eles virem. Se o Senado resolveu, é uma instituição do estado brasileiro com poderes e competência para fazer o convite e, se assim foi feito, esse convite torna-se de interesse do país - disse.

O ministro da Coordenação Política disse ainda que a aprovação do convite na CFC deve ter ocorrido com a posição favorável do líder do governo, Aloizio Mercadante, devendo ser boa para o Senado e para o para o país.

- Eles entenderam que é importante a presença dos dois presidentes aqui e, se assim foi aprovado, eles comparecerão - acrescentou. O ministro disse ainda que trocou rápidas idéias sobre o assunto com o presidente Sarney, expressando-se contrariamente ao comparecimento motivado por razão eleitoral, mas favorável ao comparecimento de ministros e presidentes de instituições do Estado quando isso for do interesse público e do Legislativo. Ele disse que Sarney concordou com sua posição. Indagado por jornalistas se já sabia do convite a Meirelles e Casseb antes de entrar no gabinete de Sarney, Aldo Rebelo respondeu:  – Não fui informado nem fui surpreendido. Aldo Rebelo disse que, na audiência com Sarney, tratou da agenda do Legislativo e dos temas de interesse do país que deverão ser votados nos próximos meses. Sarney lhe comunicou que fará uma reunião com os líderes, na próxima semana, para tratar da pauta e dos interesses do governo e da oposição sobre as votações que virão.

04/08/2004

Agência Senado


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