Almeida Lima aponta "insensatez, estupidez e leviandade" em quem condena Renan



Dirigindo-se ao povo brasileiro, o senador Almeida Lima (PMDB-SE) perguntou se alguém havia lido as 5.435 páginas do processo de perda de mandato do senador Renan Calheiros (PMDB-AL); se alguém conhecia alguma prova dos autos desse processo; ou somente havia visto através da televisão, dos jornais ou do comentário de alguém.

- Apenas com a informação da imprensa ou mesmo comentário que alguém lhe fez, você se acha em condições de julgar e condenar o senador [Renan Calheiros]? É claro que você pode dizer que sim, ou que tem dúvida, ou afirmar que não tem condições de fazer tal julgamento. Mas, se a sua resposta for sim, com certeza você é a caricatura da insensatez, da estupidez, da leviandade, você é o próprio verdugo, um simulacro de gente, ou, quem sabe, até aquela pessoa que já sofreu idêntica injustiça e não percebe que, agora, cumpre o papel de carrasco - afirmou.

Para Almeida Lima, os perdedores neste caso têm o direito de espernear, "mas não à prerrogativa a uma postura golpista, antidemocrática, arrogante, prepotente, autoritária, pretensiosa e intolerante", ao não respeitar a "decisão legal e legítima" que manteve o mandato de Renan Calheiros.

O senador também criticou a revista Veja e lhe creditou a derrota no caso, citando a manchete de capa da edição desta semana: "Vergonha". Ele disse que vergonhosa é a atitude dos que se apresentam como cultos e civilizados e emprestam seus nomes e reputação como massa de manobra da revista.

- Hoje, basta que a mídia cerre campanha contra qualquer político para a sociedade execrá-lo. Não importa se existem provas, muito menos se a Justiça já cumpriu o seu papel de julgar pela condenação. Basta que a televisão faça a encenação e que as revistas e jornais escrevam suas farsas - afirmou.

Almeida Lima ainda assinalou que o regimento interno do Conselho Nacional de Justiça prevê a realização de sessões secretas quando tratam de analisar acusações contra os ministros do Supremo Tribunal Federal. Ele disse que, se é preciso mudar a Constituição para acabar com sessões e votos secretos no Senado, então é preciso "mudar tudo, inclusive no Poder Judiciário".



18/09/2007

Agência Senado


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