Aloysio Nunes cobra punição firme para ‘vandalismo’ de manifestantes em São Paulo



O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) criticou, nesta sexta-feira (14), no Plenário do Senado, a ação de manifestantes que protestaram contra o aumento das passagens de ônibus em São Paulo na noite anterior. O senador chamou os manifestantes de vândalos, defendeu a ação da Polícia Militar e criticou o prefeito Fernando Haddad por ter dito que a polícia cometeu excessos. Ele disse esperar que os atos não fiquem impunes e cobrou uma atuação firme da Polícia Civil, do Ministério Público e do Poder Judiciário.

O líder do PSDB afirmou que a ação dos manifestantes causou caos nas ruas da capital paulista e prejuízo ao patrimônio público. Para o senador, os “baderneiros”, como chamou os manifestantes, não são verdadeiros usuários de transporte público.

- Ônibus depredados, estações do metrô saqueadas, patrimônio privado, bancas de jornal incendiadas, prejuízo aos lojistas, que tiveram que fechar os seus estabelecimentos antes da hora, prejuízo enorme para os trabalhadores, para aqueles que são realmente usuários do transporte coletivo à diferença da maioria desses baderneiros, que não se servem nem de ônibus, nem de metrô – afirmou.

O senador disse que o transporte público nunca poderá ser gratuito, porque senão o preço será pago pelo contribuinte. Nunes disse que toda gratuidade tem um custo, como a gratuidade de passagem aos idosos e o desconto concedido aos estudantes, que custaram, segundo o senador, R$ 1,2 bilhão aos contribuintes paulistanos em 2012.

- Os ônibus não são movidos a ideologia, os ônibus são movidos a diesel, alguns a gás. Isso custa. E quem paga? Paga a tarifa e paga também hoje o contribuinte paulistano – afirmou.

Para Aloysio Nunes, o núcleo dos grupos de manifestantes pertence a pequenos partidos políticos, como o PCO e PSTU, que, segundo ele, colocam-se à margem da democracia.  Para o senador, esses grupos e partidos “brincam de fazer revolução”.

- Mas é uma brincadeira sem graça, é uma brincadeira fora de hora, uma brincadeira que custa caro e uma brincadeira que poderá custar vidas – alertou.

O senador relatou que na noite de quinta-feira, um policial militar quase teria sido linchado por manifestantes. Ele  disse que os manifestantes deveriam passar alguns dias presos para terem tempo de ler Martin Luther King e Mahatma Gandhi.

- Quem vai para uma manifestação de máscara, de capacete, com escudos improvisados, com pedaços de pau, não está interessado em Martin Luther King. Busca, sim, a violência – criticou.

Aloysio Nunes defendeu a ação da Polícia Militar e disse que nem mesmo um interesse legítimo justifica o vandalismo.

- A polícia tem que agir, sim, com energia, para impedir que esses conflitos continuem degenerando em quebra-quebra geral na cidade.

O senador, por fim, declarou o seu apoio ao governador do estado, Geraldo Alckmin, mas criticou o prefeito Fernando Haddad por ter dito que a Polícia Militar cometeu excessos, antes da conclusão da investigação.

- Antes mesmo de conclusão de qualquer investigação para dizer se houve, se tem havido ou não, excesso da polícia, o prefeito da cidade de São Paulo vem a público para condenar os excessos da polícia militar. Ele que até agora estava em Paris. Chegou de Paris: “Há excesso da Polícia Militar” – criticou Aloysio Nunes.



14/06/2013

Agência Senado


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