Aloysio Nunes compara gastos do governo com publicidade e com prevenção de desastres naturais
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) comparou nesta terça-feira (19), a escalada de gastos do governo com publicidade e com a prevenção de desastres naturais. Ele informou em Plenário que protocolou requerimento pedindo explicações detalhadas sobre os gastos da presidência da República com publicidade na internet. Segundo o parlamentar, esses gastos passaram de R$ 15 milhões no ano 2000 para R$ 90 milhões em 2011, um aumento de 483%.
O senador alegou que os dados disponíveis não são pormenorizados, dificultando o conhecimento das informações sobre como foram investidos esses recursos.
- Não é possível saber o que é gasto nas empresas que concorrem e nas que não concorrem no mercado; o que é gasto com cada veículo; a avaliação das campanhas. É útil para a transparência do governo que essas respostas sejam encaminhadas - disse.
Chuvas
O senador observou que os investimentos em prevenção aos desastres naturais, como as chuvas que matam moradores das áreas de risco na região serrana do Rio de Janeiro, não contam com a mesma preocupação do governo. Aloysio Nunes lembrou que os desastres se repetem todos os anos com centenas de mortos e desabrigados.
No entanto, informou, somente há seis meses foram liberados os recursos - um montante de R$ 545 milhões - para a construção de casas e obras de prevenção aos desastres nos municípios fluminenses de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo. Os repasses foram prometidos em 2011, após a tragédia que matou em torno de mil pessoas na região.
- É claro que não daria tempo para tomar medidas eficazes para prevenir os desastres que acabaram por ocorrer - comentou.
O parlamentar apontou o gasto sete vezes maior quando o governo deixa para atuar apenas na reparação e reconstrução, após as tragédias. Segundo ele, apenas 23% das dotações aprovadas no Congresso Nacional para a prevenção saíram dos cofres federais.
Além disso, Aloysio Nunes ainda criticou a falta de alternativas para as famílias em situação de risco que precisam ser removidas para outras áreas. Ele citou notícia do jornal Folha de S. Paulo para informar que ainda não foi entregue nenhuma casa popular prometida aos moradores da região serrana do Rio.
19/03/2013
Agência Senado
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