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As projeções de alta da inflação de 12 meses – de 5,84%, no fim de 2012, para 6,7% no primeiro trimestre de 2013 – levaram o Banco Central (BC) a uma mudança de estratégia. Desde janeiro, quando esse tendência tomou forma, o BC abandonou o guia de sua política, que era manter as condições monetárias e financeiras da economia por um tempo suficientemente prolongado, com o objetivo de fazer a inflação convergir para o centro da meta de 4,5%. Em vez disso, passou a acompanhar a evolução do cenário para avaliar a necessidade de ajustes.

A revelação foi feita pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), nesta terça-feira (2), respondendo a perguntas dos senadores Armando Monteiro (PTB-PE) e Cristovam Buarque (PDT-DF). Para Tombini, essa mudança provocou alterações nas expectativas dos agentes econômicos e influenciou inclusive a captação de recursos no mercado.

Diante de perguntas de outros senadores, como Cyro Miranda (PSDB-GO) e Kátia Abreu (PSD-TO), evitou a polêmica sobre eventual aumento da taxa básica de juros (Selic) para combater a inflação. Segundo Tombini, o BC está avaliando o cenário e tem os instrumentos necessários para agir no momento oportuno.

Cyro Miranda queria saber qual opinião valeria na reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), se a do diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, para quem o aumento da taxa básica de juros é o melhor remédio para combater a inflação, ou a da presidente Dilma Rousseff, que disse não acreditar em combate à alta dos preços com a redução do crescimento econômico.

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