Althoff afirma que "sentimento partidário" não irá prevalecer no Conselho de Ética
O ritmo dos trabalhos do conselho, segundo Althoff, será determinado pela comissão especial que investiga as denúncias contra Jader. O presidente do conselho afirmou que irá avalizar tudo o que a comissão entender que deva ser feito.
- Não poderemos atropelar os fatos de maneira alguma. A comissão de sindicância tem autonomia para solicitar o tempo que achar necessário - afirmou o parlamentar por Santa Catarina.
A senadora Heloísa Helena (PT-AL), integrante do conselho, disse que o pronunciamento feito nesta quarta-feira (dia 15) por Jader em nada alterou sua convicção.
- No Conselho de Ética, vou agir com a isenção que o Código de Ética e Decoro Parlamentar manda. Mas continuo com a convicção que tinha com relação ao caso Banpará: não tenho dúvida da participação dele em uma operação fraudulenta de desvio de recursos públicos.
Ela afirmou que o discurso de Jader "apenas reproduziu, de maneira organizada, o que ele já vinha dizendo de forma setorizada para a imprensa". A senadora por Alagoas enfatizou que Jader não mencionou o desvio de recursos do banco, mas apenas contrapôs à nota técnica da 5ª Câmara do Patrimônio Público com a nota da Procuradoria Geral da República e o parecer do Banco Central que o inocentam.
Heloísa Helena disse que o presidente licenciado do Senado "ficou o tempo todo falando da posição do Banco Central e da Procuradoria Geral da República". Para ela, é preciso saber "qual o preço do silêncio do Banco Central e da Procuradoria Geral da República em relação ao episódio".
Outro membro do conselho, o senador José Eduardo Dutra (PT-SE) também enfatizou que Jader não apresentou uma "negativa incisiva" em relação ao caso Banpará. O parlamentar por Sergipe entende que a comissão de sindicância do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar deve ouvir todos os envolvidos na questão.
Para ele, além do procurador do Banco Central José Coelho Ferreira - responsável pelo parecer que inocenta Jader de qualquer participação no caso - e do técnico que elaborou o primeiro relatório do Banco Central - que incrimina o senador -, Abrahão Patruni Júnior, a comissão tem de ouvir os responsáveis pela nota técnica da 5ª Câmara do Patrimônio Público.
- O fundamental é que todos os documentos e provas apresentadas sejam analisadas pelos membros da comissão - afirmou o parlamentar.
15/08/2001
Agência Senado
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