Alunos do DF visitam exposição Os Filhos deste Solo



Exposição multimídia “Os Filhos Deste Solo: olhares sobre o povo brasileiro”, que faz parte das comemorações de 10 anos do Programa Bolsa Família, já recebeu quase dois mil visitantes em duas semanas. Entre eles, alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal, que têm percorrido o anexo do Museu da República, onde acontece a exposição, para conhecer um pouco da história do principal programa de transferência de renda do País.

Na última quinta-feira (24), o estudante Darlan Ribeiro Sales, de 17 anos, do Centro Educacional 1 do Guará, foi visitar a exposição junto com sua turma do colégio e mais três professores. Ele, que cursa o 2º ano do Ensino Médio, enxergou as fotos, vídeos e depoimentos com um olhar diferenciado. A família do estudante já foi beneficiária do Bolsa Família no início do programa, quando morava no Maranhão. A mãe mudou com os dois filhos para o Distrito Federal em 2007 e conseguiu emprego em uma padaria. Então, com a renda maior, ela não precisou mais do benefício.

Para Darlan, a mãe, dona Geane Carvalho de Ribeiro, é um exemplo de superação da extrema pobreza, assim como as cinco mulheres beneficiárias do Bolsa Família retratadas na exposição. “Eu tenho orgulho. Minha mãe é batalhadora. Se não fosse por ela, eu não estaria aqui.” Após a conclusão do ensino médio, Darlan pretende cursar a faculdade de educação física e um dia se tornar bombeiro. “Tem pessoas que não têm praticamente nada. O Bolsa Família ajuda as famílias a se alimentar e a colocar seus filhos na escola.”

Histórias

A exposição retrata a vida de Ivanilda, Cida, Maria, Iolanda e Odete, que passaram por várias dificuldades até serem inseridas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e começarem a receber o Bolsa Família. Elas são moradoras do Pará, Sergipe, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul e simbolizam a mudança social gerada pelo Bolsa Família nos últimos dez anos.

No anexo do Museu da República, vídeos, fotografias, depoimentos, infográficos, trilha sonora e instalação foram articulados e colocados em um único espaço pelos artistas Edu Simões e Marcelo Curia (fotógrafos), Rochelle Costi (artista visual), Dany Roland (músico) e Felipe Diniz (cineasta). Os visitantes podem comparar a diferença do modo de vida destas mulheres.

“A quantidade de filhos, a situação da casa, o trabalho. Isto ajuda a gente a perceber, a sair desse mundo e nos compararmos com o modo de vida deles, o quanto é diferente”, reflete a estudante Gabriela Fernandes de Matos, de 16 anos.

“Ele (o fotógrafo) retratou o cotidiano na fotografia. Os quartos, como eles comem, a forma de vestir. Parece que a Cida colocou a roupa mais bonita para a foto. Outra que gostei foi a Odete, porque ela quebrou o preconceito de que só homem trabalha em obras”, destacou o estudante Paulo André de Oliveira da Silva, de 17 anos.

A exposição foi enriquecida com cartas enviadas por milhares de brasileiros aos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Dispostas em espiral em torno de uma escada, elas podem ser lidas pelos visitantes.

A estudante Maria Isabella Ramos Alves, de 16 anos, reparou na dificuldade de milhares de brasileiros adultos que não tiveram acesso à educação na infância. “Estava observando as cartas e muitos não têm essa base que nós temos agora. Vi erros de português, letra complicada de entender. As pessoas não tiveram acesso à educação porque tiveram que trabalhar muito cedo”, opina. “Mas mostra que elas tiveram melhoria de vida e na de seus filhos e a juventude é o futuro do País” finaliza.

 

Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome



25/10/2013 15:13


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