Alvaro Dias aponta falta de estratégia de crescimento para conter desemprego



O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) classificou os números do desemprego no Brasil como dramáticos, e acusou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva de não apresentar até agora uma estratégia de crescimento sustentado para enfrentar o problema. Ele citou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística segundo os quais um em cada cinco trabalhadores da região metropolitana de São Paulo está desocupado. Na média das seis maiores regiões metropolitanas do país, disse, a taxa de desemprego atingiu 12,9% em outubro. Alvaro Dias disse que o programa de geração de empregos prometido pelo PT na campanha presidencial não foi realista. Na avaliação do senador, os números obtidos até agora tornam impossível a meta de criação de 10 milhões de empregos nos quatro anos e governo. O parlamentar explicou que o governo fixou em 5% o crescimento anual médio do Produto Interno Bruto (PIB) para poder cumprir sua promessa de geração de emprego. Citando o professor Gesner Oliveira da Fundação Getúlio Vargas, o senador disse que se for considerada a expectativa de crescimento de 0,2% em 2003, seria necessária uma expansão da ordem de 6,7% anuais nos três anos restantes do atual governo para atingir a hipótese fixada pelo Executivo inicialmente. Este índice, ressaltou, é quase o dobro da taxa de expansão que os analistas projetam para o PIB potencial brasileiro na próxima década. Alvaro Dias frisou que nenhum programa de geração de empregos pode repousar exclusivamente sobre o crescimento da economia. Sem uma estratégia clara de crescimento e sem um programa abrangente de geração de empregos, disse o senador, os trabalhadores desempregados continuarão fora do mercado.

Em seu discurso, o senador disse ainda que repercutiu mal a declaração do ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, -de que o pau vai comer- na reforma da universidade pública. Alvaro Dias lamentou que não haja recursos para as universidades e informou que a Universidade Federal de Minas Gerais está ameaçada de fechar as portas.Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) manifestou sua preocupação com a situação das universidades públicas e o senador Hélio Costa (PMDB-MG) disse que a bancada de Minas Gerais está empenhando para garantir os recursos para a universidade de Minas.



08/12/2003

Agência Senado


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