Alvaro Dias critica primeiro ano do governo de Dilma Rousseff




Em pronunciamento nesta segunda-feira (13), o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse que o Brasil avançou pouco no primeiro ano de mandato da presidente da República, Dilma Rousseff, e que o país vive "sob a égide de um governo claudicante, omisso, às vezes confuso, quase sempre nervoso, tumultuado por escândalos de corrupção".

O senador disse ser visível que a represa das reivindicações se enche e transborda, com greves em muitos estados brasileiros, as quais repetem exigências feitas há muito tempo pelas mais diversas categorias, a exemplo de aposentados, que buscam perdas acumuladas de reajustes insuficientes.

Alvaro Dias citou a crise das polícias militares, a queda de vários ministros e a demissão do presidente da Casa da Moeda do Brasil, Luis Felipe Denucci, com declarações "estapafúrdias" do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que um partido político comandaria uma área eminentemente técnica, que deveria ser preservada.

O senador lembrou que nesta terça-feira (14) deverá ser votado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) requerimento que convoca Mantega a explicar as denúncias que envolvem a Casa da Moeda. Na quarta-feira (15), também poderá ser votada a convocação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel para explicar denúncias publicadas na imprensa no ano passado e "ainda não devidamente esclarecidas", afirmou.

Alvaro Dias dias disse ainda que a "claudicante" relação política do governo brasileiro com o governo paraguaio coloca os agricultores brasiguaios em uma situação temerária diante de invasões e violência, "muitas vezes praticadas sobre os olhos complacentes de quem governa tanto o país vizinho como o Brasil".

Além de ressaltar que, ao final do primeiro ano de governo, muitas promessas de campanha não saíram do papel ou estão distante de atingir as metas anunciadas, Alvaro Dias também comentou o leilão de privatização dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília na Bolsa de Valores, ressaltando que o governo deslocou as empresas mais competentes da disputa.

- Um estelionato eleitoral patenteado, digam o que quiserem dizer. Durante a campanha, o que o país mais ouviu foi a demonização das privatizações. É privatização o que ocorreu e não há outro apelido. E não venham dizer que não, é afrontar a paciência e a inteligência das pessoas lúcidas desse país - afirmou.

Alvaro Dias lamentou ainda os escândalos que envolveram o governo nos últimos doze meses, provocando a queda de oito ministros, sete por denúncias de corrupção.

- É medalha de ouro, sem concorrência - afirmou. 

Cine Ouro Verde

Alvaro Dias também defendeu a reconstrução do Cine Ouro Verde, em Londrina (PR), destruído por um incêndio no último domingo. O senador ressaltou que o prédio era uma construção histórica, tendo se transformado ao longo do tempo em um centro de grandes espetáculos teatrais e de música, patrocinados pela Universidade Estadual de Londrina.

- Imagino que o governo do estado já esteja idealizando providências urgentes para a sua reconstrução - afirmou Alvaro Dias, defendendo a apresentação de emendas ao Orçamento como forma concreta de ajudar na reconstrução do Cine Ouro Verde.



13/02/2012

Agência Senado


Artigos Relacionados


Alvaro Dias rejeita convite da presidente Dilma Rousseff para conversa entre governo e oposição

Alvaro Dias critica primeiro mês do governo Lula

Alvaro Dias critica gestão da economia no governo Dilma

Alvaro Dias critica governo e cobra promessas feitas pela presidente Dilma

Alvaro Dias condena processo disciplinar que isentou Dilma Rousseff

Alvaro Dias considera "batalha campal" chamar Dilma Rousseff ao Senado