Alvaro Dias e Arthur Virgílio acham 30 dias suficientes para nova CPI



Durante a sessão conjunta do Congresso Nacional desta quarta-feira (14), o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que 30 dias são suficientes para que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas consiga investigar as suspeitas de fraudes nas licitações para compra de ambulâncias com recursos provenientes de emendas parlamentares ao Orçamento que recaem sobre parlamentares, empresários e agentes públicos. Pouco antes, o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), já havia manifestado opinião semelhante.

Alvaro Dias disse que tanto o Ministério Público (MP) quanto a Polícia Federal (PF) já estão investigando o esquema de fraudes. Para o senador, a CPI Mista serviria para complementar e dar mais transparência às investigações já iniciadas. Na avaliação de Alvaro Dias, se Congresso, MP e PF não trabalharem juntos, não será possível concluir os trabalhos em um mês. O senador afirmou esperar que a comissão proponha a cassação do mandato dos parlamentares envolvidos e a "punição rigorosa" dos outros participantes. Já Arthur Virgílio disse esperar uma apuração "rápida e precisa dos fatos".

- As CPIs demoram, certas vezes, mais do que o necessário. Trinta dias podem ser mais que suficientes, se todos se comprometerem com os trabalhos, sem obstaculizarem as atividades - afirmou Arthur Virgílio.

Corregedoria

O senador Romeu Tuma (PFL-SP) explicou, durante a sessão do Congresso, que a Corregedoria da Casa também recebeu uma cópia da investigação feita pelo delegado federal Tardelli Boaventura sobre a chamada "máfia das ambulâncias". Ele afirmou que a Corregedoria "não parou um minuto" o processo de separação e identificação dos parlamentares que realmente estão envolvidos com o esquema de liberação de emendas para a compra de ambulâncias superfaturadas.

- Fazer uma emenda e brigar para liberá-la é legal. Mas é preciso apurar quem é o canalha que vendeu a sua emenda - disse o corregedor do Senado.



14/06/2006

Agência Senado


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