Ameaça força redução de 40% em preço de remédio



Ameaça força redução de 40% em preço de remédio O laboratório Roche propôs ontem ao Governo reduzir em 40% o preço do medicamento Nelfinavir, um dos produtos utilizados no coquetel contra Aids, para evitar que ele tivesse a patente quebrada. O ministro da Saúde, José Serra, aceitou a proposta e desistiu de cassar a licença do laboratório suíço para produzir o remédio, encerrando a polêmica que durou cerca de seis meses. Com o acordo, o preço do comprimido cairá de US$ 1,07 dólar para US$ 0,64. Segundo Serra, a redução de 40% oferecida pelo Roche é mais vantajosa do que a produção do medicamento no Far-Manguinhos (laboratório do Governo), a partir de fevereiro de 2002, como chegou a ser cogitado. Dados do Ministério da Saúde mostram que somente o pagamento de "royalties" representaria de 5% a 10% dos custos de produção. Com a redução do preço, o País economizará US$ 35,4 milhões por ano. (pág. 1 e 25) * A temperatura de verão em pleno inverno da última semana foi a gota que faltava para que a economia de energia ficasse bem abaixo da meta de 20%. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a redução de consumo nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, anteontem, foi de apenas 14,9%. A economia em todo o mês de agosto foi de 19,6%, contra 21,7% em julho. O presidente Fernando Henrique anuncia hoje nova estratégia para incentivar o racionamento. * A temperatura de junho e julho no Rio ficou dois graus acima da média. Ontem, fez 33,7 graus em Bangu. (pág. 1, 23 e 26) * A Caixa Econômica Federal suspendeu ontem, por prazo indeterminado, a concessão de novos financiamentos habitacionais para famílias com renda acima de R$ 2 mil. A decisão atinge as linhas que utilizam recursos próprios da CEF, como a Carta de Crédito, o Poupanção e o Convênio Caixa Trabalhador. (pág. 1 e 25) * A Justiça suspendeu ontem a entrega das propostas da licitação da Anatel para a compra de microcomputadores (PCs) para 13 mil escolas públicas do País. Anteontem, uma ação popular contestou a realização da licitação antes que o programa de informatização das escolas esteja incluído no Plano Plurianual (PPA). (pág. 1 e 31) * O ministro José Gregori reconhecerá hoje, na Conferência Mundial contra o Racismo, na África do Sul, que ainda não existe democracia racial no Brasil. Mas vai afirmar que o Governo tem adotado iniciativas para corrigir isso. A psicóloga brasileira Edna Roland foi escolhida relatora da conferência. (pág. 1, 13 e 14) * Silvio Santos defendeu ontem a atitude do governador Geraldo Alckmin, que foi à sua casa quando ele era mantido refém pelo seqüestrador Fernando Pinto. "Eu tenho certeza de que ele me mataria e, antes de morrer, mataria três ou quatro policiais que lá estavam." Ontem Esdras Pinto contou que o seqüestro de Patrícia foi planejado durante dois meses. A polícia investiga a possível participação do grupo em assaltos a dois supermercados de Itapevi, há dois meses. Os policiais querem também saber como o pai de Fernando e Esdras, que ganha R$ 2 mil mensais, pôde pagar R$ 90 mil pela casa em que mora. (pág. 1, 3, 4, 5 e 8) * Ao defender a legalização do jogo do bicho, Luiz Inácio Lula da Silva causou mal-estar ontem numa reunião que debatia o projeto de segurança pública do PT, no Hotel Glória. O ex-procurador Antônio Carlos Biscaia disse que isso significaria anistiar os bicheiros. "Eles não são apenas contraventores. São criminosos. Mandaram matar várias pessoas." (pág. 2 e 110 * O ex-prefeito Paulo Maluf fez telefonemas para a Ilha de Jersey, paraíso fiscal onde se suspeita que ele tenha depositado US$ 200 milhões. Reveladas após a quebra do sigilo telefônico, as ligações seguem o mesmo roteiro da movimentação do dinheiro: entre 1995 e 1997 eram para a Suíça; depois para Jersey. Recentemente, Maluf passou a ligar com freqüência para os EUA. (pág. 2 e 12) Editorial "Para os de boa-fé" Os cargos de confiança no Governo (chamados de DAS no jargão oficial) nem sempre são ocupados por burocratas de carreira. É natural, num regime democrático, que políticos da base governista façam indicações para esses cargos, na tentativa de influenciar os rumos da administração. (...) Mas não se pode esperar que todos aqueles que passem temporariamente pelo alto escalão do setor público sejam obrigados depois a ficar fora do mercado, sem obter qualquer tipo de remuneração para seu sustento. Não é ético, entretanto, que alguém com a responsabilidade de tomar decisões que afetem interesses no setor privado possa deixar o setor público e imediatamente participar de negócios correlatos às áreas sobre as quais exerceu o papel de autoridade governamental. (...) (pág. 6) Colunistas Panorama Político - Tereza Cruvinel O ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, foi alcançado no interior paulista pela notícia da liminar que sustou ontem a licitação da Anatel para a compra de computadores do programa Telecomunidade. Acusou a oposição de estar sabotando o programa com objetivos político-eleitorais. (...) (pág. 2) Nhenhenhém - Jorge Bastos Moreno Vítima do roubo de um caminhão que transportava equipamentos de seus shows, Caetano Veloso declarou que agora vai ler Mangabeira Unger e votar em Lula. Em menos de um mês, caetano é o segundo baiano ilustre - primeiro foi Gil - a criticar FH e anunciar apoio ao PT. O Presidente respondeu ontem ao cantor: "Caetano pode votar em Lula e até ler Mangabeira Unger, não importa. Eu continuo gostando da música dele e do jeito dele de pensar. Caetano é sanguíneo e até já reclamou que eu era cerebral demais". (...) (pág. 3) (Swann) - Os US$ 35 milhões que o ministro Serra conseguiu deduzir da compra do Nelfinavir, remédio para doentes da Aids já, têm destino certo: A verba será usada no Programa de Farmácia Popular. * O ministro Georges Lamazière, porta-voz da Presidência da República, não pretende continuar no cargo. Diplomata de carreira, ele pediu um posto no exterior. * FH e dona Ruth recebem convidados hoje no Alvorada para um recital do violoncelista Antonio Meneses. Um dos mais importantes intérpretes da música erudita internacional, ele tocará com seu violoncelo de 1733, que pertenceu a Pablo Casals. (pág. 16) Topo da página

09/01/2001


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