AMIN DEFENDE PRODUÇÃO NACIONAL DE COQUE



"Basta de extinguirmos vagas em nosso mercado de trabalho para criá-las no exterior", afirmou o senador Esperidião Amin (PPB-SC), ao defender os produtores de coque contra a concorrência das importações da China. Ele informou que a indústria nacional de coque está à beira da falência e pregou a adoção de medidas necessárias a inibir a concorrência desleal na comercialização desse carvão.

Conforme Amin, até há pouco tempo, a produção de coque no Sul de Santa Catarina contava com 12 unidades industriais, que operavam em sua plena capacidade. Hoje, não mais que cinco coquerias resistem em operação. Ele acrescentou que a capacidade instalada das coquerias brasileiras é da ordem de 15 mil toneladas por mês, mas a produção atual não supera 3 mil toneladas mensais.

"A capacidade ociosa do setor está na faixa de impressionantes 80%, com todas as conseqüências que se podem facilmente imaginar para a economia regional", argumentou o senador. Ele classificou como predatória a concorrência exercida pelo coque irregularmente importado da China e, baseado em carta recebida de uma indústria catarinense, disse que o coque chinês entra no Brasil sem pagar imposto de importação.

- A alíquota incidente é zero e a entrada no país ocorre, mais freqüentemente, pelo porto da Praia Mole, no Espírito Santo, atuando como importadora uma empresa denominada Chinabrás.

Segundo Amin, a sugestão dos industriais catarinenses é a de uma reclassificação fiscal para esse carvão, visto que na atual classificação todo coque, de qualquer tipo e granulometria (método de classificação de partículas), tem uma única identificação. Esses industriais também advertem - disse ele - que, além das implicações sociais e do impacto negativo sobre a balança comercial, a inviabilização da indústria nacional de coque acarretará o monopólio do mercado pelo produto importado.

04/06/1998

Agência Senado


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