AMORIM ACUSA DIRETOR DO BANCO MUNDIAL DE OMISSÃO EM CASO DE DESVIO
O projeto Planafloro foi assinado em 1992, envolvendo recursos da ordem de US$ 167 milhões e contrapartida da União e do estado no valor de U$ 61 milhões. Restando R$ 70 milhões a serem liberados, o programa foi suspenso por causa da inadimplência decorrente do desvio de R$ 8,1 milhões.
Ainda em 1995, o senador disse ter enviado ofício a Francesco Vita, informando-o a respeito de preços superfaturados de contratos que não foram realizados nos prazos acertados. O senador disse ter reiterado pessoalmente suas manifestações sobre as irregularidades, mas estas continuaram, o que ele atribuiu "à falta de posicionamento firme do responsável pelo projeto da parte do Banco Mundial".
Amorim acrescentou que mais tarde, baseado em trabalho realizado pela comissão de Fiscalização e Controle do Senado, em junho de 1998, enviou ofício ao ministério do Planejamento e Orçamento, informando sobre o desvio.
O senador relatou que em razão de ofício enviado ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra - e também ao diretor do Banco Mundial - apoiando pleito do governador de Rondônia, José Bianco, para o adiantamento necessário à cobertura da inadimplência, recebeu correspondência de Robert Scheinder criticando sua atitude.
- Entendo que o repúdio do Sr. Schneider não respeita minha condição de senador - disse Amorim, acrescentando que, se for necessário, a Comissão de Fiscalização e Controle poderá solicitar a quebra do sigilo bancário das empresas que prestaram serviços ao projeto.
Amorim reiterou a solicitação já feita ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, para que encaminhe uma solução para o problema, adiantando ao estado o que for necessário para sua adimplência e determinando a investigação da irregularidade, inclusive sobre a gestão de Francesco Vita.
31/01/2000
Agência Senado
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