AMORIM PEDE SOLUÇÕES PARA BANCO ESTADUAL DE RONDÔNIA
O senador Ernandes Amorim (PPB-RO) pediu ao governo federal que encontre uma solução paraa possível liquidação do Banco Estadual de Rondônia (Beron), a exemplo do que ocorreu com o Banespa e o Banerj. Ele entende que essas instituições tiveram tratamento privilegiado, recebendo empréstimos para evitar que falissem.
- Enquanto este tratamento privilegiado ocorreu, sem que sequer se tenha tido a preocupação de examinar as razões que levaram esses bancos à insolvência, outros bancos estaduais de estado pequenos como Rondônia estão sendo levados à liquidação pela atuação do próprio Banco Central, com a conivência criminosa do governador do estado - afirmou.
Ernandes Amorim condenou a gestão do Beronpelo Banco Central, que segundo ele, pode ser responsabilizada por cerca de R$ 120 milhões do passivo a descoberto daquelainstituição financeira estadual. No seu entender, desde que o governo de Rondônia, "de forma irresponsável", colocou os destinos do Beron nas mãos do Banco Central, a falta de credibilidade da instituição rondoniense provocou uma fugasem precedentes de depositantes e poupadores.
- Com a implantação do Plano Real e a conseqüente perda dos ganhos inflacionários, o Beron perdeu de julho a dezembro de 1994, o total de R$ 5 milhões do seu patrimônio líquido - disse Amorim, salientando que para a intervenção apurou-se um passivo a descoberto "discutível", no valor de R$ 41,4 milhões.
Ele enfatizou que, decorridos mais de dois anos da gestão do Beron pelo Banco Central, esse valor saltou para R$ 160 milhões, sem que qualquer medida de profundidade tenha sido adotada no sentido de reestruturar a instituição.
Amorim disse que o Banco Central "repetitivamente sinaliza para a liquidação do Beron" todas as vezes em que políticos rondonienses buscaram alternativas para resolver o problema. Essa, de acordo com o senador, não seria a saída correta, uma vez que o Banco Estadual de Rondônia é importante para o desenvolvimento do estado.02/07/1997
Agência Senado
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