Ampliação da jornada escolar pode reduzir diferenças sociais, diz ministro da Educação



Na opinião do ministro da Educação, Fernando Haddad, o Brasil deve lutar pela expansão da jornada escolar para diminuir a distância entre estudantes ricos e pobres. A declaração foi feita na quarta-feira (21), durante a abertura da 15ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Política Cultural.

Recentemente, o ministro propôs um debate sobre a ampliação da carga horária escolar atual de 200 dias ao ano, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases, para 220 dias ao ano. Haddad reiterou que, até o fim do atual governo, pelo menos 40 mil escolas públicas de educação básica estarão incluídas no programa Mais Educação, pelo qual o Ministério da Educação (MEC) oferece recursos e capacitação de professores para implantação do ensino integral. “Até o fim da década, 50% das escolas brasileiras oferecerão ensino integral”, afirmou.


Aluno com deficiência

Para Fernando Haddad, a educação em tempo integral também é importante para o desenvolvimento dos estudantes com deficiência. “Nós queremos que a criança com deficiência esteja numa classe regular, mas que ela possa também, com uma segunda fonte de financiamento, receber o atendimento especializado, seja na escola pública, seja na escola parceira particular”, afirmou.

Na quarta-feira, o ministro também participou da abertura do 2º Prêmio Experiências Inclusivas Educacionais – a Escola Aprendendo com as Diferenças, promovido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), do MEC.

O prêmio tem como objetivo identificar, valorizar e divulgar experiências de inclusão escolar de estudantes com deficiência nas escolas comuns de ensino regular. Serão premiados relatos de experiências das escolas públicas de educação básica e das secretarias de educação, além de textos narrativos produzidos por estudantes dos anos finais do ensino fundamental e médio, matriculados em escolas públicas. As inscrições para o concurso vão até 31 de dezembro.

Os programas de inclusão de crianças com deficiência em salas de aula do ensino regular favorecem a sociabilização e o aprendizado. “Antes, não era assim; muitas crianças estavam em escolas de atendimento especial ou não frequentam a escola”, disse Juliana Moreira Lopes, secretária de educação de Araçuaí, município de 40 mil habitantes no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. “No ensino regular, essas crianças ganham em aprendizado porque percebem que também podem aprender”, salientou.


Fonte:
Ministério da Educação



22/09/2011 10:29


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