Ana Rita diz que é preciso acabar com a violência contra a mulher e defende Lei Maria da Penha
A senadora Ana Rita (PT-ES) chamou a atenção, nesta segunda-feira (28), para a importância de garantir a completa implantação da Lei Maria da Penha para eliminar a cultura machista da sociedade brasileira e acabar com a violência contra a mulher. Citando dados da pesquisa "Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado", realizada pela Fundação Perseu Abramo, Ana Rita disse que a cada dois minutos, cinco mulheres são espancadas no Brasil.
- No Espírito Santo, dez mulheres são assassinadas para cada mil habitantes. Dados do Mapa da Violência 2010, do Instituto Sangari, nos mostram que o meu estado ocupa o primeiro lugar no ranking dos estados brasileiros com maior número de assassinatos contra a mulher - assinalou.
A senadora disse que outra pesquisa - "Percepções sobre a violência doméstica contra a mulher no Brasil" - realizada em 70 municípios com 1.800 homens e mulheres, aponta que o medo de ser morta é um dos principais motivos que leva a vítima a não romper com o agressor. Ana Rita disse que não existem direitos diferenciados e que ninguém tem o direito de maltratar o outro. "Um tapa hoje pode significar um tiro ou uma facada amanhã", assinalou.
- As agressões físicas, que não deixam de ser, também, uma violência psicológica, ainda são a principal forma de manifestação direta da discriminação contra a mulher, aliada à discriminação velada, ou nem tanto, que teima em colocar a mulher em situação de inferioridade em relação aos homens - afirmou.
Ana Rita defendeu a repactuação das políticas públicas para defesa dos direitos das mulheres; atenção aos ataques que têm sido feitos à Lei Maria da Penha; garantia de paridade e reforço da presença das mulheres nas disputas eleitorais, através da reforma política; e o voto em lista preordenada e composta por homens e mulheres na proporção de 50% cada.
28/11/2011
Agência Senado
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