Andres exige reposição salarial para policias civis e militares
O presidente da CPI da Segurança Pública, deputado Valdir Andres, exigiu ontem (16/08) que o Governo do Estado ofereça uma reposição salarial digna aos policiais civis e militares. Andres acredita que esta é a única forma de fazer com que os policiais exerçam exclusivamente a segurança do cidadão e não se dediquem a outra atividade. "O clima de insegurança está espalhado pelo Rio Grande. É necessário que seja tomada uma atitude imediatamente".
A declaração foi dada apôs os depoimentos na Comissão do major da BM Adagmar de Almeida Gomes, que falou da dupla jornada de trabalho dos policiais, do comandante do Grupamento de Supervisão de Vigias e Guardas da Brigada Militar (GSVG), tenente-coronel Adão Carlos Polônia Lemos e do delegado da Polícia Federal, Antônio Carlos Carvalho que falaram sobre a fiscalização de empresas de serviços de vigilância privada no Estado.
Segundo o major Gomes, a Constituição estadual e os estatutos da Brigada Militar e Polícia Civil estabelecem que os policiais tenham dedicação exclusiva a sua função. "Alguns policiais desobedecem a determinação por receberem baixos salários, precisando desempenhar uma segunda atividade. O Estado deveria pagar hora-extra para evitar o bico".
Também depôs na CPI o comandante do GSVG, tenente-coronel Lemos, que explicou a função do grupamento que é de normatizar, cadastrar e fiscalizar as empresas de vigilância e guardas municipais no Estado. Segundo ele, a polícia federal tem a responsabilidade de controlar as empresas que prestam segurança aos estabelecimentos bancários e transportadores de valores. Lemos informou, ainda, que o Grupamento tem um efetivo de 25 homens no Estado para atender cerca de 1400 empresas de segurança privada e guardas municipais.
O último a depor foi o delegado da Polícia Federal e responsável pela delegacia de Controle da Polícia Privada, Antônio Carlos Carvalho. Ele disse à Comissão que a Polícia Federal tem a responsabilidade de fiscalizar as empresas de vigilância privada e a Brigada Militar de controlar o que é de domínio público. Informou que a PF expede uma carteira nacional de vigilantes, servindo de identificação.
A CPI deverá ouvir, na próxima segunda-feira (20), os depoimentos do ouvidor da Secretaria de Segurança do Estado, Luís Goulart Filho e do presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar, coronel Cairo Camargo que deverão falar sobre a política de segurança pública no Estado.
08/17/2001
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