Aníbal Diniz: Código Florestal deve atender necessidades do presente sem comprometer o futuro




Na opinião do senador Anibal Diniz (PT-AC), o Novo Código Florestal em discussão no Senado deve criar condições para tornar aplicáveis regras que garantam o desenvolvimento sustentável para atender as necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras.

- Nossa definição de desenvolvimento sustentável está centrada numa proposta de equilíbrio entre três aspectos igualmente importantes: a viabilidade econômica, a justiça social e a responsabilidade ambiental. Como conseguir esse equilíbrio é o desafio do Senado e do nosso governo - disse.

Para ele, é possível conciliar o crescimento do país com a preservação ambiental, a partir da revisão de conceitos econômicos tradicionais, para permitir a construção de uma economia mais eficiente no uso dos recursos naturais. É preciso, na avaliação do senador, é preciso reverter desequilíbrios e derrubar o "mito" de que há necessariamente um conflito de interesses entre a sustentabilidade e o crescimento, um descompasso entre lucratividade e proteção do meio ambiente.

A discussão do código, avaliou, deve evocar um conceito acreano que o parlamentar designou "florestania": poder pensar no desenvolvimento, tendo em conta as dimensões ambiental, econômica, social, política, cultural e ética.

- Essas dimensões todas, quando levadas em consideração, permitem-nos pensar numa produção de leis que possam dar uma resposta mais positiva para as gerações futuras - disse.

Aníbal Diniz afirmou que a aprovação de um novo Código Florestal é de interesse estratégico para o Brasil e para a relação do país com o resto do mundo. O parlamentar mencionou uma série de pontos que devem ser observados nas discussões que se darão, nos próximos dias, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde o relator da matéria, senador Luiz Henrique já apresentou seu voto. Anibal Diniz disse que os parlamentares devem ficar atentos a alterações propostas, como a possibilidade de estados e municípios definirem regras específicas sobre o tema - enquanto a União faria as gerais -; o acréscimo de atividades permitidas em áreas de preservação, como as atividades de mineração, os estádios e demais instalações de competição esportiva; e a retirada das restrições de plantio de espécies nativas, com a abertura de possibilidade para o plantio de outras espécies, entre outras propostas.



12/09/2011

Agência Senado


Artigos Relacionados


Anibal Diniz defende equilíbrio na reforma do Código Florestal

Anibal Diniz: discussão do Código Florestal não pode ser simplista nem defender 'agrobusiness'

Anibal Diniz diz que texto da Câmara para Código Florestal traz insegurança jurídica

Anibal Diniz elogia relatório de Jorge Viana ao projeto de novo Código Florestal

Anibal Diniz defende Código Florestal com equilíbrio ambiental e apresenta exemplo de sustentabilidade

Aníbal Diniz quer discussão aprofundada do Código Florestal para garantir a sustentabilidade