Antonio Carlos recorda 44 anos de amizade



O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse que o jornalista Roberto Marinho marcou sua vida ao longo de 44 anos de amizade, durante os quais, ressaltou, jamais houve desentendimentos. -Era um amigo fiel, que nunca faltava, mas sabia aconselhar quando sentida que eu estava errado-, disse.

Segundo Antonio Carlos, o jornalista era um obsessivo, mas sobretudo um otimista. Dizia que, ao se lançar em novos empreendimentos, sempre tinha certeza de que tudo daria certo, pois a idéia do fracasso lhe era desconhecida.

- Era um homem de coragem como poucos que conheci. Quando, na proclamação do AI-2 (Ato Institucional nº 2), o ministro da Justiça disse aos diretores de jornais e revistas que eles precisavam despedir todos os esquerdistas das redações, Roberto Marinho afirmou, com serenidade, que, na redação do Globo, os esquerdistas permaneceriam, pois -dos meus comunistas, cuido eu-. Sua afirmação fez mudar o clima da reunião e outros se seguiram em seu protesto - relatou.

Para Antonio Carlos, o que Roberto Marinho mais gostava era de ser jornalista e de assim ser chamado. Tinha idéias firmes sobre as qualidades necessárias para ser um bom profissional de imprensa: um forte sentido de ética, economia de palavras e um culto intransigente à verdade.

O senador pela Bahia ressaltou que Roberto Marinho tinha coragem de empreendedor e visão de futuro, tendo sido o primeiro a valorizar o artista brasileiro. Ao montar um conglomerado de comunicação e mandar construir o Centro de Produção da Rede Globo, conhecido como Projac, disse o senador, Marinho reuniu -uma plêiade de artistas de fazer inveja- a muitos países.



03/09/2003

Agência Senado


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