Antônio Russo diz que Brasil precisa reconhecer novo presidente do Paraguai



O senador Antônio Russo (PR-MS) discordou em Plenário nesta segunda-feira (25) da posição do governo brasileiro de não reconhecer Federico Franco como o novo presidente do Paraguai. Vice-presidente, Franco tomou posse com o impeachment de Lugo, aprovado pelo Congresso paraguaio na última sexta-feira. Para o senador, o impeachment pode ter sido uma “decisão relâmpago”, mas, não representaria ruptura da ordem democrática no Paraguai. Tanto que a corte suprema paraguaia rejeitou nesta segunda-feira a ação de inconstitucionalidade apresentada por Lugo, ressaltou o senador.

Antônio Russo afirmou ser preciso levar em conta as declarações do novo presidente, Federico Franco, de que respeitará os direitos humanos e as instituições democráticas do país. O senador ressaltou também que a destituição de Lugo foi motivada por seu isolamento político e pela falta de apoio popular.

- O Brasil, como país mais importante do continente, deve se manifestar como defensor ferrenho da democracia, mas não pode interferir na soberania paraguaia nem deixar que isso interfira nas relações comerciais entre os dois países – destacou, lembrando que Brasil e Paraguai têm relações muito próximas, principalmente, em seu estado, o Mato Grosso do Sul, que tem 400 km de faixa de fronteira com o país vizinho. Para Russo, o governo brasileiro precisa conversar com o novo presidente sobre os acordos comerciais dos dois países.

Crise aérea

Antônio Russo também cobrou ação do governo federal para criar, de forma definitiva, um marco regulatório para o setor aéreo brasileiro. O senador afirmou que na última década o setor vice uma crise constante, com fim de companhias aéreas, acidentes, atrasos repetidos em voos e falta de infraestrutura nos aeroportos. Isso tudo, apesar do crescimento anual do numero de passageiros no país.

- Desde 2000, o cenário é de crise permanente. E a estimativa do setor é de que a América Latina terá até 2030 o triplo de passageiros que tem hoje. Mas o Brasil não tem feito o suficiente. Há um descompasso entre o crescimento de passageiros e a estrutura existente – reclamou.

O senador explicou ser favorável à privatização do setor, a exemplo do que ocorreu com o setor de telefonia onde, em sua avaliação, houve melhora significativa no serviço prestado à população. Para ele, a privatização dos aeroportos é uma boa estratégia, desde que feita “de modo organizado, com modelo que incentive participação de empresas com experiências no setor”.

Rio+20

O senador registrou ainda que, apesar das críticas feitas ao texto final da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, o documento seria um ponto de partida na busca por novas estratégias de desenvolvimento sustentável para o mundo.



25/06/2012

Agência Senado


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