Anvisa debate acesso de pacientes a drogas em fase de pesquisa
Técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pesquisadores ligados ao desenvolvimento de medicamentos se reúnem nesta quinta-feira (18), em Brasília, para debater como deve ser o acesso dos pacientes a drogas que ainda estão em fase de pesquisa.
O encontro organizado pela Anvisa atende ao interesse despertado no meio acadêmico e nas indústrias farmacêuticas pela Consulta Pública 32 (CP 32/2011), que trata do assunto.
Segundo a agência, a vantagem de regulamentar os procedimentos de doação de medicamento em linha de pesquisa é a possibilidade de oferecer moléculas novas para pacientes em estado grave e sem opção terapêutica disponível.
A CP 32/2011 aborda os dois formatos que são considerados para a doação de medicamentos aos pacientes – o Programa de Acesso Expandido e o Uso Compassivo de Medicamentos. O primeiro é um conceito aplicado a um grupo de pacientes, participantes ou não da pesquisa. O medicamento necessita estar em fase III de desenvolvimento. Já o Uso Compassivo de Medicamento é a situação aplicada para um único paciente. Neste caso, o medicamento pode estar em qualquer fase de desenvolvimento clínico da pesquisa.
Atualmente, existe uma norma da Anvisa para o Programa de Acesso Expandido, a RDC 26/1999, que precisa ser atualizada. Para o Uso Compassivo ainda não existe regulamentação no Brasil.
A consulta pública propõe os critérios de eficácia e segurança de cada modelo. O documento também aborda a definição dos direitos e dos deveres do paciente, do patrocinador da pesquisa e do médico que prescreve a droga em desenvolvimento.
Fonte:
Anvisa
18/08/2011 12:37
Artigos Relacionados
Anvisa amplia acesso de pacientes aos serviços de hemodiálise
Dois projetos de Camata sobre direitos de pacientes em fase terminal tramitam no Congresso
Anvisa quer aumentar segurança dos pacientes que fazem endoscopia
Lúcia Vânia: omissão do governo na greve da Anvisa pode afetar pacientes
Pacientes do SUS passam a ter acesso a serviço de atenção domiciliar
Flávio Arns quer garantir fornecimento de medicamento aos pacientes de testes com novas drogas