Aparecido diz que nem Dilma nem Erenice lhe pediram para fazer dossiê



José Aparecido Nunes, ex-secretário de Controle Interno da Casa Civil acusado de vazar o dossiê com gastos considerados sigilosos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, negou ao relator da CPI, Luiz Sérgio, que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ou a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, tenham pedido a confecção do dossiê com os gastos. Ele mencionou o pouco contato com ambas.

- Com a ministra Dilma, tive três conversas, desde a posse até o dia em que pedi para sair. Com Erenice, conversei mais vezes, mas nunca sobre banco de dados, em nenhum momento - disse.

Em resposta ao deputado Maurício Quintella, ele confirmou ter aceitado a indicação, feita por André Fernandes, de dois funcionários para trabalharem com ele no Palácio do Planalto e, ao contrário do que afirmara André Fernandes em seu depoimento, pouco antes, confirmou o pedido de emprego feito pelo assessor de Alvaro Dias para o Ministério do Planejamento. Isso levou o deputado a pedir que a CPI analisasse a possibilidade da prisão de André Fernandes "por ter cometido crime de falso testemunho".

Aparecido também negou que seu advogado tenha sido indicado pelo advogado-geral da União, José Antônio Dias Toffoli.

O deputado Índio da Costa pediu uma acareação entre Fernandes e Aparecido e o comparecimento de Erenice Guerra à CPI.



20/05/2008

Agência Senado


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