ARRUDA HOMENAGEIA 75 ANOS DE FUNDAÇÃO DOS DIÁRIOS ASSOCIADOS



Poucas instituições brasileiras completam 75 anos de existência e têm mais futuro que passado, registrou hoje (dia 28) o senador José Roberto Arruda (PSDB-DF) em homenagem prestada pelo Senado aos 75 anos de fundação da rede de comunicação Diários Associados, completos no último dia 2 de outubro. A sessão comemorativa resultou de requerimento apresentado conjuntamente pelo presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, e pelos senadores Edison Lobão (PFL-MA), Romero Jucá (PSDB-RR), Djalma Bessa (PFL-BA), Mauro Miranda (PMDB-GO) e José Roberto Arruda.
Vários representantes das empresas compareceram à sessão. O presidente do condomínio dos Diários Associados, Paulo Cabral, o diretor executivo do grupo, João Cabral, e Isa Chateaubriand, sobrinha do fundador Assis Chateaubriand, foram convidados a sentar-se à mesa do Senado.
Arruda lembrou que o grupo iniciou suas atividades quando Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo comprou O Jornal, do Rio de Janeiro. Em setembro de 1950, quando Chateaubriand inaugurou a TV Tupi de São Paulo, "primeira emissora de televisão da América Latina e quarta do mundo", os Diários já integravam dezenas de empresas, disse.
A título de curiosidade histórica, Arruda mencionou que os equipamentos da emissora foram importados, mas não havia receptores no país, de modo que Chateaubriand trouxe dos Estados Unidos 600 aparelhos e os espalhou em algumas lojas de São Paulo, para perplexidade e encantamento dos transeuntes que paravam diante das vitrines.
- Para aquela geração, a tecnologia de transmissão de sinais era uma revolução grande demais. Não para Chateaubriand, um contemporâneo do futuro - afirmou.
Após referir-se aos grandes fatos históricos da formação política e social do país, o líder do governo no Senado avaliou que, às vésperas de seus 500 anos, o Brasil só agora alcança sua revolução industrial plena. Nesse quadro, de um país ainda em formação, "poucas instituições podem comemorar 75 anos", disse.
Outro importante fato na história dos Diários foi a publicação da revista O Cruzeiro, que marcou época e atingiu a tiragem de 750 mil exemplares semanais em 1952, todos vendidos em bancas, observou o senador. Hoje, comparou, a também semanal revista Veja vende cerca de 1 milhão de exemplares, 80% deles através de assinaturas.
Arruda também registrou o lançamento, hoje, do livro "Minhas Bandeiras de Luta", com textos de João Calmon, "um batalhador da causa da educação que dirigiu os Diários após 1980, quando se deu a cassação da Rede Tupi de Televisão". Posteriormente, Paulo Cabral assumiu o comando do condomínio de empresas e iniciou uma bem-sucedida recuperação institucional, gráfica e financeira.
Em aparte, o senador Carlos Wilson (PSDB-PE) referiu-se ao Diário de Pernambuco, que integra o condomínio e "é o maior orgulho do estado".

28/10/1999

Agência Senado


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