Arthur Virgílio acusa o presidente da Câmara de complacente no confronto entre policiais e grevistas



O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), acusou nesta quarta-feira (23) o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, de ter sido -complacente- no episódio do protesto de servidores públicos ocorrido nas dependências do Congresso Nacional e que resultou no espancamento de grevistas pelo pelotão de choque da Polícia Militar do Distrito Federal.

- Denuncio a fraqueza com que o deputado João Paulo Cunha e outras lideranças do Partido dos Trabalhadores se comportaram diante do triste episódio, porque fingiam que nada estava acontecendo enquanto lá fora os grevistas apanhavam da polícia - protestou Arthur Virgílio. Ele informou que os policiais chegaram a retirar as suas identificações para não serem reconhecidos.

O senador também lamentou que o presidente da Câmara não tenha tomado providências no sentido de garantir o direito de ir e vir dos parlamentares que estavam dialogando com os grevistas. Segundo observou, policiais chegaram a impedir a circulação de senadores e deputados nas dependências da Casa, sem a devida identificação, causando constrangimento a todos.

Arthur Virgílio lembrou que em uma democracia plena é garantido o direito da livre manifestação. Por isso, estranhou o episódio, -justamente no governo do PT que se diz um defensor da greve e das liberdades individuais-. O senador afirmou ser contra manifestantes ocuparem, durante as sessões, as galerias das duas casas do Congresso para protestar, mas lembrou que foi o próprio PT que, num passado recente, -criou a moda de incentivar o desacato aos parlamentares-.



23/07/2003

Agência Senado


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