Arthur Virgílio critica declarações de Lula e aconselha o presidente a não falar mais de improviso
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), aconselhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a não falar mais de improviso, especialmente quando participar de reuniões com chefes de estado estrangeiros, -sob pena de colocar no chão a reputação brasileira no exterior-.
- Lula precisa ficar alerta para o efeito negativo de seus seguidos e poucos responsáveis improvisos - alertou Arthur Virgílio, ao considerar um -disparate- o presidente brasileiro ter afirmado no seminário sobre Governança Progressista, em Londres, que -os Estados Unidos primeiro pensam neles, segundo neles, e em terceiro também neles-.
O senador disse que -gracinhas à parte-, o discurso de Lula causou constrangimentos em todas as pessoas que participavam do encontro, a começar pelo presidente da Polônia, Aleksander Kwasnurwski, que, observou, chegou a discordar das colocações do presidente brasileiro, -gerando um inconveniente bate-boca-.
Arthur Virgílio informou que a afirmação de Lula chegou a ser criticada pelos principais jornais londrinos, além de receber censura da Embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Donna Hrinak. Para a embaixadora, conforme relatou o senador, -a declaração do presidente Lula não reflete o tipo de relação de colaboração que ele e o presidente Bush estabeleceram durante sua bem-sucedida visita a Washington no mês passado-.
O senador também leu editorial do jornal O Estado de S. Paulo da última terça-feira (15), o qual critica a fala de Lula no seminário ocorrido em Londres e também relata trechos do artigo da jornalista Dora Kramer, no Jornal do Brasil, que alertou:
- O recurso a piadas e ironias em reuniões formais pode até render um certo sucesso de público. Mas, de crítica, que é o que interessa nas relações internacionais, o resultado a médio e longo prazos certamente será prejudicial a Lula como interlocutor qualificado - disse a colunista, segundo relato de Arthur Virgílio.
18/07/2003
Agência Senado
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