Arthur Virgílio diz que há a escravidão óbvia e a escravidão subterrânea



O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) disse que o Brasil tem algumas formas de escravidão óbvias e outras subterrâneas. Como óbvias ele exemplificou com o trabalho no campo em condições análogas às de escravo. Já entre as subterrâneas, citou o brasileiro que não tem oportunidade de estudar, perpetuando a injustiça social.

Em pronunciamento nesta quarta-feira (10), na sessão que marcou o 1º Dia e a 1ª Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, o parlamentar afirmou que, mesmo com a universalização do ensino básico, a injustiça social é perpetuada pela baixa qualidade do ensino nas escolas da população de baixa renda, com professores mal remunerados e mal preparados.

O senador também afirmou que não deixa de ser trabalho escravo o daquele trabalhador que se sujeita a exercer uma atividade sem carteira assinada, sem pagamento de previdência e a consequente expectativa de uma aposentadoria.

Arthur Virgílio também considerou um caso de escravidão o do amazonense que já estava preso há cinco anos no interior do estado, embora tivesse sido condenado a apenas um ano de reclusão. O senador disse que, solicitada sua soltura por um defensor público, esta foi negada pelo juiz, por motivo que Arthur Virgílio não explicitou. O senador acrescentou que o mesmo juiz, no entanto, não titubeou em expedir um mandado de prisão quando o prisioneiro, exasperado com sua clausura injustificada, fugiu.



10/02/2010

Agência Senado


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