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Arthur Virgílio lembrou que, em evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o presidente declarou que "não serão economistas a dar um jeito numa economia medíocre, e sim, um bando de mágicos".

- Lula garantiu, porém, que não será mágica o que o seu governo fará para buscar o crescimento. Ora, se não fará mágicas para buscar o crescimento e se não está disposto a promover reformas estruturais, penso que possa haver muito de misticismo nas propostas até aqui apresentadas e que só prevêem mais gastos, sem dizer de onde virão os recursos para bancá-los - protestou o senador.

O líder do PSDB criticou oPrograma Piloto de Investimento Público (PPI) em infra-estrutura, que considera uma "falácia governamental". Para ele, o governo estaria mascarando a diminuição do superávit primário, ao solicitar ao Fundo Monetário Internacional (FMI) aumento dos atuais 0,16% para 0,50% para aplicação em PPIs , quando nos últimos dois anos só conseguiu aplicar 0,08% do que estava previsto por incapacidade administrativa.

Na sua avaliação, o governo está despreocupado com a estabilidade do país e o aumento da dívida pública. Apesar de ter conseguido reduzir a dívida para 50% do PIB, tenderá, segundo Arthur Virgílio, a aumentá-la, se não implementar as reformas e reduzir os gastos.

- Se o governo pretende alavancar o crescimento, sugiro que adote as seguintes medidas: execute na prática o orçamento aprovado; dê andamento ao projeto de marco regulatório que está na Câmara; faça investimentos produtivos; execute as reformas estruturais; mantenha a inflação baixa, "despetize" e desaparelhe a estrutura da máquina pública - sugeriu.

Em aparte, o senador José Agripino Maia (PFL-RN) manifestou preocupação com a queda de US$ 19 bilhões em investimentos estrangeiros no país desde janeiro de 2003 até outubro de 2006, devido à perda de confiança do investidor. Alertou que o pequeno crescimento de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do último trimestre se deve à importação de bens de capital e ao incremento da construção civil, mas que ambos, segundo ele, "puxam o PIB para baixo".

Voto de aplauso e de pesar

Em seu discurso, o parlamentar pediu voto de aplauso a Zilda Arns, que está deixando a Pastoral da Criança, para se dedicar apenas à Pastoral do Idoso, por seus longos anos de dedicação à causa. E pediu voto de pesar pela morte da psicóloga Margarete Ferreira, no último dia 3, no Rio de Janeiro, que dedicou a vida à prevenção da Aids.

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