Arthur Virgílio homenageia presidentes da OAB no período da ditadura



"Optei por dizer que, para mim, os cursos jurídicos no Brasil, em 180 anos, têm criado homens e mulheres afins com a causa da liberdade no país". Ao celebrar o aniversário de criação dos primeiros cursos jurídicos do país, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) prestou uma homenagem especial aos presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil durante o período da ditadura militar, entre eles Bernardo Cabral, Mário Sérgio Duarte Garcia, Eduardo Seabra Fagundes e Raymundo Faoro.

- Em um ato público contra a ditadura, no Largo da Carioca, no Rio, o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) chegou e começou a prender a todos nós, estudantes. Me vi dentro do camburão e ouvi que Sobral Pinto se declarou preso também, em solidariedade aos estudantes. O biltre que cumpria o seu triste dever, estupidamente aceitou. Falei para os colegas que a prisão de Sobral era garantia de que teríamos bom tratamento e pouco tempo na cadeia - lembrou Arthur Virgílio.

Segundo o senador, logo em seguida um deputado que participava da manifestação se considerou preso também, em homenagem a Sobral Pinto. Foi seguido por um outro parlamentar, que pediu para ser preso em protesto contra a prisão dos estudantes. Virgílio completou que o deputado Miécimo da Silva, movido mais pela popularidade do ato do que em nome da democracia, pediu para ser preso, mas o soldado não aceitou.

- O soldado disse: 'já chega, tem preso demais, não tem vaga para mais um, você não entra'. Dentro do camburão, comentamos: 'esse pessoal não serve nem para entrar em cana conosco' - relembrou Arthur Virgílio.



14/08/2007

Agência Senado


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