Arthur Virgílio pressiona por leitura de requerimento da CPI dos Cartões no Senado
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), repercutiu nesta quinta-feira (3) discurso do líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), em defesa da leitura do requerimento de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Cartões Corporativos exclusiva do Senado, apresentado em fevereiro.
- Estamos vendo, semana após semana, que não se consegue convocar um simples ecônomo [na CPI Mista dos Cartões Corporativos], não se consegue muito menos convocar qualquer autoridade, por mais que haja indícios da necessidade - protestou Arthur Virgílio
O líder tucano disse que, mesmo em minoria, a oposição decidiu "apostar tudo" na CPI Mista, até para poupar o Senado, que poderia tocar seus trabalhos normalmente. Contou também a favor da CPI Mista dos Cartões Corporativos o fato de ela ter sido proposta pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).
- Devo dizer, no entanto, que me senti bastante constrangido com os fatos que foram se sucedendo na CPI Mista, na medida em que se arma uma maioria para simplesmente obstaculizar toda e qualquer iniciativa da minoria. Isso é a negação da própria instituição da CPI - reclamou Arthur Virgílio, para, em seguida, pedir ao presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, que lesse ainda nesta quinta-feira o requerimento de constituição da CPI. Mais tarde, após o discurso do senador, a oposição concordou com que o presidente do Senado fizesse a leitura do requerimento do senador.
O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) reagiu às palavras de Arthur Virgílio invocando o cumprimento do acordo que levou a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) à presidência da CPI Mista, tendo o PMDB, para isso, aberto mão do cargo. Teria sido acordado também, à época, segundo o senador, que o requerimento da CPI exclusiva do Senado seria retirado.
- Uma das coisas que aprendi é fazer valer a palavra. Dizem que o homem é escravo da palavra dada, da palavra dita. Acho que esta Casa tem caído no conceito porque, quando se combina, se descombina da maneira mais fácil que pode acontecer, como se nada tivesse acontecido. Não pode, no meio do jogo, puxar carta da manga ou puxar carta de dentro da meia. Agora, não sei mais em que vou confiar aqui dentro - desabafou Wellington Salgado.
03/04/2008
Agência Senado
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