Arthur Virgílio propõe depoimentos de José Dirceu e José Serra na CFC



O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), apresentará nesta terça-feira (6) requerimento para que a Comissão de Fiscalização e Controle (CFC) convide o ministro da Casa Civil, José Dirceu e o presidente do PSDB, José Serra, para prestarem depoimentos a respeito dos episódios Waldomiro e Santoro, bem como sobre as denúncias de corrupção e de conspiração, que "estão pairando sobre as cabeças de todos os brasileiros".

O senador explicou que não está propondo "um circo". Os depoimentos deve ser separados, para que todos os senadores possam perguntar, a um e ao outro, tudo que desejem. Segundo o senador, cada depoente terá, da mesma forma, oportunidade de explicar ao Congresso e, principalmente à Nação, os seus atos. "Serra já me disse que aceitará", afirmou.

Arthur Virgílio citou críticas ao governo Lula, feitas pelo jornal New York Times e pela revista Veja. Para ele, embora sejam pontos de vista diferentes, ambos centram sua análise da crise em que se debate o país no fato de que o governo não explica nem apresenta respostas sobre as denúncias de irregularidades e de episódios de corrupção.

Para o líder, há uma clara intenção de manipulação de informações. Ele repeliu a palavra "conspiração", para qualificar a conversa entre o subprocurador José Roberto Santoro e o empresário do jogo de azar Carlinhos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

- Repilo a tentativa de arrastar para o atoleiro do governo Lula, o PSDB e seu presidente, José Serra - disse.

Arthur Virgílio fez um apelo aos congressistas para que não abdiquem de sua responsabilidade de procurar a verdade. Segundo ele, o melhor instrumento de que dispõe o Legislativo é a comissão parlamentar de inquérito (CPI) e seu partido, o PSDB, continuará pressionando para que ela seja instalada para "investigar tudo e todos".

O senador fez um apelo, também, aos brasileiros em geral para que confiem no Brasil. "Não confundam a tibieza do governo com fraqueza do país", disse.

Ao finalizar seu pronunciamento, Arthur Virgílio afirmou que ele e o PSDB defenderão o mandato de Lula até o seu último dia, "nos limites da Constituição", mas não abrirão mão do dever oposicionista de fiscalizar o governo, "apontando os erros e cobrando as omissões.



05/04/2004

Agência Senado


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