Arthur Virgílio questiona divulgação de pesquisas encomendadas por candidatos, partidos e sindicatos
O senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB no Senado, defendeu em discurso nesta segunda-feira (19) a regulamentação, pelo Congresso, da divulgação de pesquisas encomendadas por candidatos, por partidos políticos ou por sindicatos. Para ele, pesquisas encomendadas por grupos que defendem uma candidatura não têm credibilidade e, portanto, não deveriam se tornar públicas.
Esse tipo de pesquisa prejudica a própria empresa que a realiza, opinou Arthur Virgílio. "Que credibilidade tem o resultado de uma pesquisa dessas?" Por isso, na semana passada, quando o instituto Sensus divulgou pesquisa encomendada por um sindicato de trabalhadores, o seu resultado foi minimizado "não só pelos partidos políticos, mas até pela imprensa", observou o senador. A pesquisa mostrava os pré-candidatos à Presidência José Serra, do PSDB, e Dilma Rousseff, do PT, empatados.
O líder tucano comentou o resultado da pesquisa Datafolha, do jornal Folha de S. Paulo, divulgada no último sábado, na qual José Serra aparece com 10 pontos percentuais à frente de Dilma Rousseff, em primeiro turno - 38% contra 28%. A senadora Marina Silva (PV-AC) aparece com 10% e o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) com 9% das intenções de voto.
Arthur Virgílio lembrou que, desde 2007, José Serra apareceu em todas as pesquisas à frente de outros candidatos. Ele só perdia quando era colocado ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A última pesquisa mostrava Lula perto de 60% dos votos e Serra com 40%. "Se José Serra disputando com o popular Lula teria no mínimo 40%, isso significa que dificilmente a candidata do governo terá 50% dos votos disputando com o mesmo Serra", manifestou.
O senador disse ainda que o candidato José Serra de 2010 "é bem diferente" do "Serra de 2002", a começar pela decisão de fazer "uma campanha tranqüila", onde pretende discutir o futuro do Brasil, e não o passado. Afirmou que o PSDB se orgulha do seu passado e que a eleição não será "de Lula contra Fernando Henrique Cardoso", mas sim de "José Serra contra Dilma Rousseff".
- Ganha eleição quem erra menos, e não quem acerta mais. José Serra acertou até agora, inclusive permanecendo à frente do governo de São Paulo num momento difícil para a população, que enfrentava enchentes e alagamentos - afirmou.
Ele foi apoiado, em apartes, pelos senadores Marco Maciel (DEM-PE), Alvaro Dias (PSDB-PR), José Agripino (DEM-RN) e Marisa Serrano (PSDB-MS).19/04/2010
Agência Senado
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