Arthur Virgílio recebe embaixadora norte-americana
Este é um bom momento para o Brasil se expressar a respeito dos direitos humanos em Cuba, disse a embaixadora norte-americana Donna Hrinak, após audiência com o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (PSDB-AM). Acrescentou, no entanto, ser essa uma decisão do governo brasileiro.
O governo cubano prendeu 78 pessoas, entre jornalistas, escritores e opositores à ditadura de Fidel Castro, e fuzilou outros três homens que tentaram fugir daquele país seqüestrando uma balsa. O julgamento foi sumário e sem direito a defesa.
Para o senador, não existe atrocidade de esquerda e atrocidade de direita.
- Quem foi contra a guerra no Iraque não tem como concordar com o que foi feito em Cuba - afirmou Arthur Virgílio.
A embaixadora disse também que há muitas possibilidades para o Brasil participar do trabalho de reconstrução do Iraque, mas que ainda não há nada de concreto, como contatos entre governos ou com entidades empresariais.
Arthur Virgílio ressaltou a experiência de comércio entre Brasil e Iraque e a capacidade industrial brasileira em diversas áreas. Ele revelou que está programando uma reunião da embaixadora com a bancada tucana para discutir uma pauta de prioridades comerciais entre os dois países.
O senador comentou, em relação à reforma tributária, que o PSDB está esperando uma proposta consistente do governo.
- Não vamos votar uma farsa ou uma brincadeira com o futuro da nação, mas não posso falar sobre algo que não vi - declarou, acrescentando ter ficado triste por não ter sido chamado para discutir as reformas. Conforme ressaltou o líder do PSDB, seu partido tem oito governadores e uma bancada expressiva e, por isso, deveria ser ouvido.
- O PT precisa parar de inventar a roda. E o fogo também não foram eles que descobriram - afirmou.
16/04/2003
Agência Senado
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