As conquistas da mulher ainda são pequenas, diz Íris



Nos 146 anos que separam o episódio de 8 de março de 1857, em que operárias têxteis de Nova Iorque morreram num incêndio criminoso provocado pelos próprios patrões, até agora, muitas conquistas econômicas, sociais, culturais e políticas foram obtidas - mas ainda representam pouco frente ao direito de igualdade de tratamento em relação aos homens, disse a senadora Íris de Araújo (PMDB-GO) nesta quarta-feira (12), durante sessão solene do Congresso Nacional para homenagear o Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de março em memória das trabalhadoras norte-americanas.

A senadora destacou que as mulheres são as maiores vítimas das crises econômicas, sociais e políticas, obrigadas a cuidar de suas famílias quando as condições de vida se deterioram. O que, a seu ver, ocorreu com a globalização econômica. A 4a. Conferência Mundial das Nações Unidas sobre as Mulheres, realizada em Pequim, em setembro de 1995, mostrou ao mundo, segundo a senadora, essa situação de desigualdade, com salários inferiores 40% em média em relação aos dos homens, em postos equivalentes.

Além de exemplificar evidências dessas disparidades e chamar atenção sobre a guerra iminente contra o Iraque, Íris de Araújo fez uma homenagem especial à poetisa goiana Cora Coralina. A senadora leu o poema -Mulher da Vida-, contribuição da poetisa para o Ano Internacional da Mulher de 1975, que mostra a luta feminina contra a discriminação e o preconceito.



12/03/2003

Agência Senado


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