Asfalto Ecológio é experimentado em rodovias gaúchas de forma pioneira no país



A Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa, presidida pelo deputado Eliseu Santos, se reuniu esta manhã, para tratar do tema "Asfalto Ecológico com reutilização de pneus". O Diretor-Presidente da Associação Gaúcha das Concesionárias de Rodovias e Diretor-Presidente do Consórcio Univias, Sérgio Coelho, fez palestra sobre o assunto.

Ele relatou o trabalho que vem sendo desenvolvido nas rodovias gaúchas pelas nove concesionárias que atendem mais de 2.400 quilômetros de estrada. Coelho falou ainda das vantagens que o Rio Grande do Sul obteve com a privatização das rodovias, como por exemplo o aumento da arrecadação de impostos e a diminuição de 40% dos acidentes. O diretor destacou também os investimentos de mais de 500 milhões aplicados em melhorias nas rodovias.

Conforme Coelho o asfalto ecológico foi desenvolvido em 1960, no Arizona, Estados Unidos. Atualmente mais de 70% das rodovias norte-americanas utilizam esta técnica, que foi desenvolvido a partir da mistura da borracha pulverizada ao composto do pavimento. No Brasil a prática está sendo experimentada de forma pioneira em um trecho restaurado da BR 116. Foram mais de seis meses de trabalho de pesquisa de laboratório para se iniciar o projeto. Encontrar um revestimento com maior durabilidade era o desafio do projeto, segundo o diretor.

Coelho lembrou que a escolha do pneu como material utilizado para esta prática, se deve ao fato de alguns problemas ocasionados pelo descarte deste material. A produção nacional do pneu chega a 41,3 milhões, sendo que 30 milhões são descartados. Na avaliação do projeto quanto ao uso deste tipo de material para a construção de asfalto, foi constatado que a vida útil do pavimento pode chegar a 2,2 anos, sem ocorrência de problemas, enquanto o asfalto convencional dura em média 2 anos. A partir dessa análise, pode se observar que o material de borracha utilizado no asfalto retarda o aparecimento de problemas na rodovia.

O diretor falou também que as primeiras experiências superaram as expectativas do projeto, sendo registrado 36% a mais de vida útil do que estava previsto na proposta inicial. Outro benefício do projeto é que as concessionária com esta redução, economizam quase R$ 19 mil por quilômetro que eram investidos em manutenção dos pavimentos.

Coelho concluiu dizendo que a experiência nacional é recente e a relação custo-benefício deste projeto pode ser alterada com o tempo. Ele avaliou que a experiência internacional assegura as vantagens da prática. As questões ambientais também foram lembradas pelo diretor como vantagens da proposta.

10/16/2002


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