Assentados participam de curso sobre uso de insumos naturais



As famílias do assentamento Celso Furtado, em Castilho (SP), participaram no último dia 11 de dezembro de capacitação sobre insumos naturais para a instalação de Sistemas Agroflorestais (SAF) com a cultura da manga em áreas de preservação permanente.

Os participantes foram orientados para a coleta de inoculantes (insumos biológicos) no próprio sítio, na mata ou no bambuzal. Aprenderam também a preparar um adubo líquido caseiro à base de biomassa, conhecido como Tenkei-jiru (calda abençoada) e uma solução alcoólica de fumo e extrato de samambaia selvagem para controle de formigas cortadeiras.

Além da capacitação sobre esses insumos naturais, os técnicos esclareceram as famílias sobre o cultivo de manga no sistema agroflorestal, como o espaçamento e os tratos da cultura. 

O assentamento recebeu 1.452 mudas de mangueira das variedades Palmer, Tomy Atkins e Haden, que foram adquiridas pelo Incra, por meio do Departamento de Sementes, Matrizes e Mudas da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati). Também foram destinados 20 quilos de sementes de milho AL Avaré e CATI Verde para plantio e recuperação ambiental.  Já as seis mil mudas nativas, que compõem cerca de 80 espécies, são uma doação do viveiro de mudas da Usina Hidroelétrica de Jupiá de Três Lagoas (MS). Com isso, cabe aos assentados o custo de preparo do solo, além da manutenção dos espaços recompostos.

O Perito Federal Agrário José Miguel Garrido Quevedo, do Setor de Meio Ambiente da Divisão de Obtenção de Terras do Incra/SP, destaca a importância da instalação de sistemas agroflorestais em áreas de preservação permanente como forma de restauração florestal, conforme preconiza o Novo Código Florestal.

“Os sistemas agroflorestais podem se tornar um meio de transição agroecológica para os projetos de assentamento do Estado de São Paulo”, afirma. Os resultados práticos imediatos estimulam as práticas ecológicas sustentáveis.

“O grande diferencial dos Sistemas Agroflorestais propostos é que o assentado se torna um produtor de manga e cuida daquela restauração florestal como sua”, ressalta.

 A atividade foi promovida pelo Incra/SP juntamente com a Cooperativa de Trabalho de Assessoria Técnica e Extensão Rural (Coater), entidade contratada para a prestação de assistência técnica aos assentamentos do Incra na região de Andradina.

Essa recuperação ambiental integra o projeto Sistema Agroflorestal (SAF) do Incra/SP, concebido para cumprir o Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental (TCRA).

Esse termo foi firmado pelo Incra com o antigo Departamento de Proteção aos Recursos Naturais (DEPRN), cujas atribuições foram incorporadas pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo.

Fonte:
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária  



30/12/2013 12:27


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