Assentamentos do Piauí receberão ação pioneira em manejo florestal



Quatro assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária no Piauí (Incra/PI) serão beneficiados com uma ação pioneira de manejo florestal no País. Trata-se do primeiro contrato do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal do Serviço Florestal Brasileiro (FNDF/SFB), ligado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA).

O contrato foi firmado nesta segunda-feira (22), em Brasília, com a Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional (Fadurpe). O objetivo é elaborar planos de manejo florestal dos assentamentos e dar assistência técnica em atividades florestais. A entidade foi selecionada por meio de processo licitatório.

Neste primeiro momento, a ação atenderá diretamente cerca de 70 famílias, mas a expectativa é de que cerca de 300 famílias de agricultores do Território do Vale do Sambito sejam beneficiadas no decorrer do projeto. Os assentamentos do Incra que foram contemplados são Arizona I, Arizona II e Canaã, no município de Lagoa do Sítio, e Serra do Batista, no município de Valença.

“Este contrato é fruto de uma articulação feita com o SFB na perspectiva da sustentabilidade nos assentamentos, é uma ação inovadora no Piauí e é também a primeira nesta modalidade no País”, ressalta o superintendente do Incra/PI, Evandro Cardoso. “Nossa meta é expandir esta ação para outros assentamentos, tendo como fundamento a produção de maneira sustentável, de forma que a ação seja incorporada à rotina das famílias assentadas”, completa.

O primeiro produto a ser entregue, no prazo de 60 dias, será a caracterização geral da situação ambiental e socioeconômica de cada assentamento selecionado. O contrato terá duração de dois anos, contemplando no ano inicial a elaboração do plano de manejo e no ano seguinte a implantação do plano através da assistência técnica. Ao final do contrato, as famílias deverão estar capacitadas para a ação de manejo.

Segundo o engenheiro florestal do Incra/PI, Jankiel Moreira, os assentamentos atendidos têm em comum o interesse em exercer a atividade florestal e o potencial para manejo. “Esperamos que as famílias possam ter uma melhora significativa na renda utilizando os recursos florestais de maneira racional”, afirma.

De acordo com dados divulgados este ano pelo MMA, a Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro, já perdeu cerca de 45,6% de sua cobertura original. O manejo florestal constitui uma das principais alternativas para ajudar a conservação do bioma.

 

Fonte:
Incra



22/08/2011 12:39


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