Até 2015, 10 mil estudantes e pesquisadores do Brasil serão enviados ao Reino Unido
Mais de 800 pesquisadores já atuam em universidades britânicas com apoio brasileiro
Até 2015,10 mil estudantes e pesquisadores brasileiros serão enviados ao Reino Unido com benefício de bolsa de graduação-sanduíche e pós-graduação do programa Ciência sem Fronteiras. O Brasil já concedeu 843 bolsas de graduação-sanduíche e pós-graduação para brasileiros estudarem na Grã-Bretanha.
Acordos já firmados entre o governo brasileiro e a Universities UK, entidade que representa as universidades do Reino Unido, preveem distribuição de 6 mil bolsas para graduação-sanduíche, 3 mil para doutorado-sanduíche e 1 mil para doutorado pleno.
A parceria foi debatida durante a viagem da presidenta Dilma Rousseff para Londres, em decorrência da agenda oficial que inclui reuniões com autoridades inglesas, aberturas de exposição sobre o Brasil e a abertura dos Jogos Olímpicos, que acontece nesta sexta-feira (27). Os governos dos dois países selaram, ainda, carta de intenções para criação do Museu Brasileiro de Ciência, durante visita de Dilma ao Museu de Ciências em Londres, acompanhada por bolsista do Ciência Sem Fronteiras.
O fluxo de estudantes bolsistas para universidades do Reino Unido vem crescendo nos últimos quatro anos, por conta de parcerias para formação de recursos humanos em grandes universidades, como Cambridge, Oxford, Dundee, Institute of Education e Nottingham, além do desenvolvimento de projetos de pesquisa conjuntos entre universidades inglesas e brasileiras nas áreas de engenharia da produção, ecologia teórica e ciências da computação.
O primeiro acordo de mobilidade entre Brasil e Reino Unido foi o Convênio Cultural Brasil-Grã-Bretanha, de 1979. Na década de 90, a Grã-Bretanha era o segundo destino na preferência dos brasileiros, atrás apenas dos Estados Unidos.
Ciência sem Fronteiras
Criado em 26 de julho de 2011, o programa Ciência sem Fronteira (CsF) pretende enviar 100 mil estudantes e pesquisadores em quatro anos para diversos países. O projeto já mantém 6,7 mil bolsistas em caráter permanente no exterior e pretende enviar 12 mil até o mês de setembro, totalizando 20 mil ainda este ano.
O programa tem como objetivo promover a ciência, tecnologia, inovação e competitividade industrial no Brasil, enviando pesquisadores e universitários brasileiros para estudarem em instituições de excelência no exterior, para que voltem e apliquem o conhecimento adquirido no País. Além disso, o programa quer atrair pesquisadores do exterior ao Brasil ou estabelecer parcerias com órgãos de pesquisa brasileiros.
A meta do governo federal é custear 75 mil bolsas de graduação e pós-graduação até 2015, sendo 24.600 de doutorado sanduíche, quando o estudante faz parte no Brasil e parte no exterior; 9.790 de doutorado pleno; 11.560 de pós-doutorado; 27.100 de graduação sanduíche; 700 de treinamento de especialista de empresas no exterior; 860 para jovens cientistas estrangeiros de reconhecida especialidade virem ao Brasil; e 290 para pesquisadores estrangeiros visitarem o país.
Mais 26 mil bolsas serão concedidas com recursos da iniciativa privada. As áreas prioritárias de investimento são: engenharias e demais áreas tecnológicas; Física, Química e Geociências; Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde; computação e tecnologias da informação; tecnologia aeroespacial; fármacos; produção agrícola sustentável; petróleo, gás e carvão mineral; energias renováveis; biodiversidade e bioprospecção; ciências do mar; e indústria criativa.
Os bolsistas receberão auxílio-instalação, passagens aéreas e seguro saúde. A bolsa vai durar de 3 a 48 meses, a depender da categoria. Estudantes de graduação ou tecnólogos poderão fazer curso de idioma ou estágio em empresa. Doutorandos não terão as despesas de dependentes pagas.
Além do Reio Unido, já foram firmadas parcerias com os países: Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Coreia, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Itália e Portugal. As inscrições são feitas separadamente, para cada instituição, à medida que são abertos os processos de seleção. Alunos de graduação também podem se inscrever com o coordenador do Ciência sem Fronteira em sua instituição de ensino.
No caso da graduação, podem participar alunos com no mínimo 20% e no máximo 90% do curso concluído, com no mínimo 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e com bom aproveitamento acadêmico. Terão prioridade alunos participantes dos programas de iniciação científica ou premiados. A exigência de saber a língua do país para o qual tem interesse em estudar se dará conforme acordo entre o governo a instituição estrangeira.
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Fonte:
MEC
Agência Brasil
Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação
Blog do Planalto
27/07/2012 16:51
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