Aumenta o número 'Programas Prioritários' para a Amazônia



Os projetos “Parque Tecnológico de Software Japiim” e o “Caboclo Sem Fronteiras” tiveram sua inclusão aprovada pelo Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (Capda) entre os Programas Prioritários, considerados estratégicos para o desenvolvimento da Amazônia Ocidental.

A aprovação ocorreu na 43ª reunião (e última do ano) do CAPDA, realizada nesta segunda-feira (2), na sede da Suframa, sob a presidência do secretário de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Nelson Fujimoto. Com a inclusão, aumenta de sete para nove os projetos componentes dos Programas Prioritários, o que permite vantagens no recebimento de investimentos provenientes de pesquisa e desenvolvimento (P&D) das empresas incentivadas.

O Parque Tecnológico de Software Japiim vai funcionar num espaço previsto de cinco mil metros quadrados como uma espécie de condomínio de empresas de desenvolvimento de software. “Vai ser igual a um shopping. Só que em vez de lojas serão abrigadas empresas de base tecnológica, que também pagarão aluguel para custear a organização do local”, explicou Edileno Moura, professor do Instituto de Computação da Universidade Federal do Amazonas (Icomp/Ufam), ressaltando vantagens de compartilhamento de custos das empresas.

Moura frisou ainda que um parque tecnológico é um ambiente mundialmente conhecido como indutor de desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação, cujo exemplo mais conhecido é o Vale do Silício, na Califórnia (EUA). “O nome Japiim se deve ao fato de ser um pássaro que mora em ninhos que lembram condomínios e em lugares que podem prosperar no alto das árvores de grande porte e perto de enxames de cabas e vespeiros”, afirmou.

O secretário de ciência, tecnologia e inovação do Amazonas, Odenildo Sena, afirmou que veio à reunião do CAPDA, especialmente para defender a aprovação do Parque Japiim. “É um projeto essencial de união do setor produtivo com o de desenvolvimento tecnológico. Não existe uma empresa que prescinda de software. Além de ser uma atividade limpa - que não polui - exige pouco investimentos de estrutura e logística e gera mais empregos indiretos, na ponta”, ressaltou.

Edileno Moura citou três empresas criadas em Manaus como exemplos de que a cidade tem vocação para sediar um parque de criação de softwares e que se torne difusor de inovação para a Amazônia: a Neemu, que criou os softwares mais usados no Brasil no processo de consultas de comércio eletrônico e tem clientes como Americanas, Submarino e Shoptime; a TAP4, que faz aplicativos para telefones celulares; e a Petit Fabrik, que desenvolve jogos para videogames.

“A Suframa  apoia o Parque Japiim. Inclusive o local onde irá funcionar, no Distrito Industrial, será doado pela Autarquia”, frisou o superintendente-adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Regional, José Nagib Lima. De início, o gestor do projeto será o Icomp/Ufam, mas o planejamento prevê que, após se tornar autosustentável, o local seja gerido por meio de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).

Caboclo sem Fronteiras

Já o projeto Caboclo sem Fronteiras, que será gerido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas, é um programa para formação de pessoal e mobilidade regional. O projeto tem, dentre outras metas, a de formar ou fixar na Amazônia Ocidental 500 doutores e 1000 mestres em 20 anos, em áreas consideradas estratégicas como engenharia; computação e tecnologias da informação; biotecnologia; pesca; fármacos, entre outros.

Programas prioritários

Conforme a Lei de Informática, de nº 11.077, de 30 de dezembro de 2004 (que altera a 8.387, de 30 de dezembro de 1991), as indústrias incentivadas devem destinar, no mínimo, 5% da sua receita para P&D. Desse total, 2,7% podem ser investidos conforme os critérios das indústrias; 1% deve ser aplicado em convênios com instituições credenciadas pelo CAPDA e 0,5%, destinado ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Os 0,8% restantes podem ser aplicados ou no FNDCT ou em convênios.

Os programas prioritários podem receber recursos do percentual que é destinado à realização de convênios ou, ainda, dos 2,7% que são aplicados a critério das próprias empresas.

Uma das principais vantagem desses investimentos é que a prestação de contas torna-se mais prática e ágil para as empresas, pois o gestor de cada Programa é quem irá comprovar a efetiva execução das atividades realizadas no âmbito dos recursos a eles destinados. Cabe observar que, ao investirem nesses Programas e Projetos Prioritários, as empresas estarão fortalecendo áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento da região.

Fonte:
Suframa



03/12/2013 12:13


Artigos Relacionados


Casa Civil reativa subchefia de articulação para acompanhar programas prioritários

Forças Armadas pedem mais recursos para seus programas prioritários

Projetos prioritários para conservação da Amazônia

Senado analisa projetos prioritários para a preservação da Amazônia

Sarney e Temer recebem lista de projetos prioritários para a Amazônia

Ideli diz que vigília no Senado vai indicar projetos prioritários para a Amazônia