Aumentar o superávit primário foi uma medida necessária, diz Jefferson Péres
A decisão do governo de aumentar a meta de superávit primário (receita superior à despesa antes do pagamento dos juros da dívida pública) de 3,75% do Produto Interno Bruto (PIB) para 4,25% foi considerada prudente pelo senador Jefferson Péres (PDT-AM). A medida, segundo o senador, era esperada, devido às incertezas prenunciadas pela guerra do Iraque.
- Com esse mundo de incertezas que nós vivemos, com turbulência se prenunciando com a guerra do Iraque, é medida de prudência aumentar o superávit primário. Além disso, o Brasil precisa começar a romper o crescente endividamento, sob pena de nós fazermos crescer muito o risco Brasil e mergulhar a economia numa crise - afirmou Jefferson em entrevista ao programa A Voz do Brasil.
A ampliação da meta de superávit primário resultará em cortes orçamentários que estão sendo definidos pelo Executivo. O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, justificou que a medida demonstra que o governo vai manter as contas públicas sob controle, argumento também defendido pelo senador Jefferson Péres. O senador ressalvou, no entanto, que isso poderá frustrar alguns eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pois dá continuidade à política econômica do governo de Fernando Henrique Cardoso.
10/02/2003
Agência Senado
Artigos Relacionados
Alvaro Dias critica manobras do governo para aumentar o superávit primário
País atinge superavit primário de R$ 91,3 bi em 2013
Superavit primário em 2013 é fixado em R$ 156 bilhões
Setor público tem superavit primário de R$ 90,8 bilhões no ano
Superavit primário atinge R$ 26,1 bilhões em setembro
Governo Central tem superávit primário de R$ 770,2 mi em julho