Azeredo pede cautela sobre os casos de adulteração de leite em Minas



O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) pediu nesta terça-feira (30), em Plenário, cautela a respeito das irregularidades encontradas em duas cooperativas de leite em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e em Passos, no sudoeste do estado. O senador chamou a atenção para o perigo da generalização do problema da adulteração do leite - com a adição de soda cáustica e água oxigenada - o que poderia prejudicar os produtores do estado e as demais cooperativas que têm agido dentro da lei.

- Criar uma imagem de que todo o leite estaria contaminado é uma ação contra o estado e contra os produtores de Minas Gerais, produtores de leite in natura, queijo minas, tão reconhecido em todo o país - ponderou o parlamentar.

Embora defenda o aprimoramento da fiscalização para evitar novas fraudes, o senador afirmou que o estado - maior produtor de leite do país - com milhares de cooperativas de leite e pequenos e grandes produtores - não pode ser prejudicado por esse acontecimento localizado.

O senador salientou que os prejuízos já começam a ser sentidos no sul de Minas Gerais, onde as cooperativas registraram a suspensão da compra de toda a linha de lácteos, no que o senador considera uma "generalização indevida".

Em aparte, o senador Romeu Tuma (PTB-SP) defendeu a serenidade nas investigações, argumentou que o problema é sério por se tratar de crime contra a saúde pública, mas salientou que não pode haver generalização do problema para todas as cooperativas do estado.

Também em aparte o senador Mário Couto (PSDB-PA) cumprimentou o senador pelo alerta para que a população não entre em pânico com o problema da adulteração do leite. Ele também lamentou o fato de o fiscal encarregado de investigar a qualidade do leite cobrar propina das empresas para "fazer vista grossa" ao leite adulterado.



30/10/2007

Agência Senado


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