Bancada do PT pede avaliação da conduta de Vilson Covatti



BANCADA DO PT PEDE COMISSÃO DE ÉTICA PARA VILSON COVATTI A bancada do PT na Assembléia Legislativa pediu ontem (13/03) ao presidente da Comissão de Ética, deputado Germano Bonow (PFL), que avalie a conduta do líder da bancada do PPB, deputado Vilson Covatti. Este parlamentar fraudou o requerimento da CPI de Segurança Pública. Covatti nem se deu o trabalho de redigir um novo documento. Na ânsia de fazer oposição, burlou um requerimento antigo. Ele apagou com errorex a assinatura do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Zambiasi (PTB) e esqueceu de retirar o nome do ex-deputado Giovane Feltes (PMDB), eleito em outubro passado prefeito de Campo Bom. "Isto se constitui numa falcatrua", avaliou o líder da bancada do PT, deputado Elvino Bohn Gass, para quem tal atitude não pode passar em branco. "Se ele é capaz de falsificar o pedido da CPI, sabe-se lá o que fará com os outros documentos. Aliás, burlar documentos tem sido prática da oposição", alertou Bohn Gass se referindo a um documento adulterado pelo deputado Cézar Busatto (PMDB) durante a CPI da Ford. "Precisamos redobrar os cuidados para evitar tanto engodo". Para Bohn Gass, não há mais clima para instalar esta CPI. "Constatamos ausência de fato determinado. Há apenas argumentos generalizados. A situação ficou mais grave com a falsificação deste requerimento. Agora foi por terra à baixo a credibilidade do líder da bancada do PPB". Os deputados petistas anexaram ao pedido de instauração de um processo disciplinar pela Comissão de Ética, cópia de matérias publicadas em dois jornais da capital e a gravação de uma entrevista concedida por Covatti a uma emissora de rádio de Porto Alegre, onde ele admite ter utilizado um requerimento elaborado em anos anteriores. "Além de desrespeitar o Regimento Interno e o próprio parlamento, o líder do PPB feriu a democracia, decidindo arbitrariamente pela vontade do conjunto dos deputados". Os deputados petistas também querem cópia do documento original fraudado. Bohn Gass disse que Covatti não teve o cuidado nem de preservar o ex-deputado Giovane Feltes, que acabou passando por toda esta situação constrangedora frente à sociedade. O presidente da Comissão da Comissão de Ética deve remeter o assunto ao ouvidor, deputado Roque Grazziotin (PT). As penalidades vão desde a advertência, suspensão, chegando, inclusive à cassação do mandato. "Não podemos jogar por terra um instrumento tão sério como uma CPI", advertiu Bohn Gass, destacando que se houver qualquer irregularidade na segurança pública ou em qualquer outra área, a bancada do PT será a primeira a reivindicar uma investigação parlamentar. E espera que os oposicionistas concordem com a CPI para investigar Jader Barbalho, acusado de bandido pelo senador Antônio Carlos Magalhães (PFL) e o próprio ACM que afirmou conhecer a votação do painel eletrônico mesmo sendo secreta. "Estes são dois claros fatos determinados", arrematou Bohn Gass.

03/13/2001


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