Banco de leite estimula mães a manterem amamentação dos bebês, diz Ministério da Saúde



Os benefícios para a mãe e para o bebê fazem do estímulo à amamentação uma comprovada política de nutrição e promoção da saúde, segundo o Ministério da Saúde. A política de aleitamento do Brasil gerou a Rede Brasileira de Bancos de Leite, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ela desenvolve um trabalho cujo objetivo é distribuir leite materno para os bebês internados em UTIs neonatais.

De acordo com o ministério, a rede brasileira é a maior e mais desenvolvida, com 206 bancos de leite espalhados pelo mundo e com uma cooperação internacional que exportou tecnologia para toda a América Latina, além de Península Ibérica e África.

O coordenador de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Paulo Bonilha, destaca que o Brasil é um dos países que tem a política de aleitamento materno mais completa do mundo. “Desde os anos de 1970 o País vem construindo uma política com forte ação da sociedade civil”, disse.

Outra iniciativa do governo brasileiro para estimular o aleitamento é a participação na iniciativa internacional Hospital Amigo da Criança. Com isso, o País se compromete a cumprir dez passos de apoio ao aleitamento materno. O Ministério da Saúde também desenvolve um trabalho com as mães trabalhadoras que amamentam. Além da campanha para que as empresas do Brasil façam a adesão à licença maternidade de seis meses (que pode ser abatido do imposto de renda). Graças a essas ações, explica o ministério, o Brasil tem aumentado a taxa de aleitamento exclusivo em 1,7% ao ano.

Bonilha lembra a importância de incentivar o apoio ao aleitamento materno: “Cada vez mais saem trabalhos mostrando que bebês amamentados ao peito são mais saudáveis, tem menos alergias e são até mais inteligentes. É muito importante a mãe se esforçar e todos apoiarem às mulheres a amamentarem os bebês de forma exclusiva até os seis primeiros meses de vida”.

 

Dados

Nos últimos anos, a amamentação tem crescido significativamente no Brasil. Nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, o tempo médio de aleitamento materno aumentou um mês e meio de 1999 a 2008, segundo a última pesquisa do Ministério da Saúde divulgada sobre o assunto, em 2009. Passou de 296 dias, em 1999, para 342 dias, em 2008.

No conjunto das capitais brasileiras, a média de crianças menores de seis meses de idade em aleitamento materno exclusivo foi de 41%. Também foi constatada com a pesquisa que a duração média do aleitamento materno exclusivo aumentou um mês - passando de 23,4 dias para 54,1 dias.

O Brasil, no entanto, apesar dos avanços nos números da amamentação está ainda aquém do patamar considerado muito bom pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 90% a 100% das crianças menores de seis meses em aleitamento materno exclusivo. Por isso, o Ministério da Saúde desenvolve uma série de ações conjuntas, em parceria com os estados e municípios, com o objetivo de aumentar essas taxas e reduzir, consequentemente, a mortalidade de crianças no Brasil.

 

Doação de leite materno

Os resultados das políticas públicas em favor do aleitamento materno no Brasil ocupam lugar de destaque no cenário internacional. Para isso, o Ministério da Saúde tem implementado campanhas e estratégias para incentivar a doação de leite para os Bancos de Leite Humanos.

Exemplos como o da empresária Angélica Brunacci devem ser seguidos. Ao dar a luz à primeira filha, Angélica buscou o banco de leite para mais informações sobre como amamentar melhor. Como produzia leite além do necessário para alimentar a criança, ela foi instruída a doar. “Doar leite não te requer muito esforço porque você já está na função de produzir leite. É só um tempinho a mais que você usa para tirar o leite e colocar em um potinho”, disse.

Para doar basta entrar em contato com o banco de leite mais próximo. O líquido deve ser armazenado em uma embalagem de vidro (que deve ser fervida antes), com tampa de plástico. Ao chegar ao banco o leite é pasteurizado, excluindo todos os tipos de vírus, inclusive hepatite B e HIV.

 

Fonte:
Ministério da Saúde

 

10/05/2012 18:06


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