BC financia exportações, e dólar cai








- BC financia exportações, e dólar cai

- O Banco Central emprestou US$ 200 milhões aos bancos - que deverão repassar os recursos em até cinco dias às empresas - para financiar exportações. A operação baixou a cotação do dólar, que fechou em queda de 1,11% a R$ 3,11.

O BC havia programado apenas um leilão de US$ 100 milhões, mas, em razão da forte busca por dólar, fez mais um, também de US$ 100 milhões.

Devem ser realizados novos leilões na próxima semana. O objetivo do BC é irrigar o mercado com US$ 2 bilhões para financiar as exportações. Os bancos pagam os empréstimos em 180 dias, com juros, pelo valor do dólar no vencimento.

O segmento do Banco Mundial que empresta ao setor privado deve dar US$ 250 milhões a dois bancos brasileiros para as exportações. (pág. 1, B1 e B3)

- O TRE do Acre cassou a candidatura à reeleição do governador Jorge Viana (PT) e o declarou inelegível por três anos pelo uso de logotipo em formato de árvore com a inscrição "Governo da Floresta" em repartições públicas estaduais.

Para o TRE, houve "abuso de pode político e de autoridade" por parte de Viana, líder das pesquisas de intenção de voto. A defesa vai recorrer ao TSE e alegar que o logotipo vem desde o início do governo e não visava promover Viana. (pág. 1 e cad. Esp. pág. 1)

- O candidato do PT ao governo de SP, José Genoino, defendeu o "uso da força" no combate à violência, em discurso mais à direita do que o associado ao seu partido, em sabatina da "Folha".
"Força é diferente de violência. Força é autoridade, é coação. Violência é guerra". O petista propôs mudanças no programa para os policiais envolvidos em ações com mortes. (pág. 1 e cad. Esp. pág. 5)

- Cinco caixotes contendo os documentos mais importantes de uma CPI aberta na Câmara de Porto Alegre em 1990 e que investigou a compra de incineradores de lixo sumiram do Legislativo. A prefeitura de Porto Alegre comprou os equipamentos sem licitação por US$ 150 mil, dos quais 71% pagos à vista, mas os aparelhos jamais foram utilizados.

O então prefeito da capital gaúcha era o atual governador, Olívio Dutra (PT). O deputado estadual e ex-vereador Vieira da Cunha (PDT), que presidiu a CPI, afirma que a conclusão da comissão definia a compra como ilegal e imoral. (pág. 1 e A4)


Colunistas

PAINEL

O horário eleitoral gratuito de rádio e TV - que só é gratuito para os candidatos e partidos - custará R$ 121,5 mi ao contribuinte. É o valor total que as emissoras, em razão do espaço cedido, deixarão de recolher em impostos federais em 2002, segundo a Receita Federal.

  • O custo do horário eleitoral em 2002 é o triplo do valor referente aos benefícios tributários do apoio à atividade audiovisual no País (R$ 37 mi) e só fica um pouco abaixo dos benefícios do Programa de Alimentação do Trabalhador (R$ 135 mi), que ajuda 9,5 milhões de pessoas.

  • Uma equipe da campanha de Serra está no Ceará produzindo reportagens sobre a epidemia de cólera no estado em 93, quando Ciro Gomes (PPS) era governador, para utilizar no horário eleitoral. Parentes de vítimas da doença já foram entrevistados. (pág. A4)


    Editorial

    MEGAERROS

    Voltam ao cenário econômico brasileiro quase todos os ingredientes do modelo de ajuste que condenou o País a praticamente duas décadas perdidas, a de 80 e a de 90.

    Sem financiamento, o País não tem opção, e a economia se desacelera, fazendo o ajuste necessário para honrar os compromissos externos.

    A geração de "megassuperávits" é fruto dessa lógica. O Governo anunciou que fará um saldo exportador de pelo menos US$ 7 bilhões em 2002.

    Não há mágica nem mérito maior nessa trajetória. O saldo comercial aumenta não preponderantemente porque o País se torne mais competitivo, mas principalmente porque a perda de vigor na economia é o ajuste doloroso que provoca uma forte queda nas importações.

    A façanha, que impõe sacrifícios a empresas e trabalhadores, não é pouca. Afinal, a capacidade de gerar um fluxo de dólares no comércio é uma das condições para acalmar os credores que esperam receber seus dólares como retorno de investimentos e empréstimos. (...) (pág. A2)


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    08/24/2002


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