BC vai contribuir com erradicação da miséria controlando inflação, diz Tombini



O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou nesta sexta-feira (3) que o órgão vai contribuir para a erradicação da miséria no País por meio, principalmente, do controle da inflação no médio e longo prazo.

“O Banco Central pode e irá contribuir com este desafio [de erradicar a pobreza extrema]”, afirmou Tombini, em um seminário em São Paulo. “A principal forma de contribuir é exatamente assegurar que a inflação irá se manter baixa no médio e longo prazo.”

Na quinta-feira (2), o governo federal lançou seu programa de erradicação da miséria no País – o Brasil Sem Miséria. O objetivo da iniciativa federal é retirar 16 milhões de brasileiros da extrema pobreza.

Tombini disse que o controle da inflação é importante para que esse objetivo seja alcançado. Ele afirmou que os mais pobres são os mais prejudicados pela alta de preços.

O presidente do Banco Central disse também que a inflação baixa é condição para um desenvolvimento sustentável do País em um longo prazo. Segundo ele, nenhum país conseguiu crescer por vários anos seguidos com altas taxas de inflação. Por isso, ele reafirmou que o governo federal está trabalhando para assegurar que o aumento de preços seja moderado.

“A confiança da sociedade e dos agentes econômicos de que a inflação permanecerá baixa é condição necessária para a ampliação dos horizontes de planejamento das famílias, das empresas e do governo”, disse. “Inflação baixa é compromisso deste governo.”

Tombini disse ainda que as perspectivas para economia brasileira são “excelentes”. Segundo ele, as condições econômicas do País devem ser ainda melhores nos próximos anos e isso deve garantir para o Brasil um período de “crescimento ainda mais robusto”.

A economia brasileira se encontra em um ciclo sustentado de expansão, em ritmo mais condizente com o equilíbrio interno e externo, avalia o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini.

 

Ciclo sustentado de expansão

Segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,3% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao primeiro trimestre de 2010, o PIB registrou aumento de 4,2%.

Em nota divulgada pelo BC, Tombini diz que “a demanda doméstica continua sendo o grande suporte da economia”. A nota destaca que o consumo das famílias registrou crescimento de 5,9%, em relação ao primeiro trimestre de 2010, a 30ª variação positiva consecutiva nessa base de comparação. Para Tombini, esse desempenho tem sido impulsionado pela expansão moderada do crédito às famílias e pela geração de empregos e de renda.

“A formação bruta de capital fixo, uma boa medida do investimento, cresceu 8,8% no primeiro trimestre, em relação ao primeiro trimestre de 2010, um desempenho robusto e que sugere que o empresariado nacional permanece confiante nas perspectivas para a economia brasileira neste e nos próximos anos”, diz a nota do BC.

 

Fonte:
Agência Brasil



03/06/2011 14:54


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